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Vingança por morte de PM e disputa entre traficantes são hipóteses para chacina em Guarulhos

Quatro pessoas morreram e uma ficou ferida após ataque de encapuzados a um bar na periferia

São Paulo|

Três das cinco vítimas da chacina tinham passagem por tráfico
Três das cinco vítimas da chacina tinham passagem por tráfico Três das cinco vítimas da chacina tinham passagem por tráfico

O assassinato de um cabo da Polícia Militar pode estar por trás da primeira chacina de 2016 em São Paulo. Quatro pessoas morreram e outra ficou ferida na madrugada deste sábado (2) em um ataque na frente de um bar na Vila São Rafael, em Guarulhos, na Grande São Paulo, dois dias após a morte do PM. Das vítimas, três tinham passagem por tráfico e, por isso, a Polícia Civil também investiga as hipóteses de dívida ou disputa de pontos de venda de droga.

Segundo testemunhas, pouco após a 0h de ontem, criminosos encapuzados desembarcaram de um carro preto, de quatro portas, e atiraram nos rapazes no Bar do Bebeto, na rua Domingos de Abreu, periferia do município. Outras pessoas que estavam no local fugiram. O bando escapou em seguida.

Adriano José Silva Araujo, de 28 anos, foi atingido por três tiros na cabeça e um no ombro. Leonardo José de Souza, de 23, também foi alvejado na cabeça. Segundo a Polícia Civil, os dois tinham passagem por furto e tráfico de drogas. Um homem de 29 anos, baleado na mão e no tórax, também tinha antecedente por tráfico. Ele foi submetido a cirurgia e está em estado grave, mas não corre risco de morte.

Hermes Augusto Inácio Moreira, de 19, baleado nas costas e no abdome, e Francisco Fernando Pereira Caetano, de 23, atingido por um tiro na cabeça, não tinham antecedentes. Os dois foram socorridos por moradores locais, mas morreram antes de chegar ao hospital.

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Aos policiais, uma testemunha relatou que "dois ou três homens" participaram do crime e que o veículo dos assassinos seria um Chevrolet Fox. Os investigadores buscam imagens de câmeras de segurança na região para confirmar. O bar não tem sistema de monitoramento.

No boletim de ocorrência, a perícia relatou não ter encontrado as cápsulas deflagradas — a hipótese era que tivessem sido recolhidas pelos assassinos. Mais tarde, no entanto, policiais do Setor de Homicídios de Guarulhos acharam cápsulas de calibre 9 mm no bar.

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Retaliação

Uma das suspeitas da Polícia Civil é de que a chacina tenha sido motivada por vingança. Em 30 de dezembro, o cabo Felipe Rebelato Nocelli Ramalho, de 30 anos, do 5.º Batalhão da PM, foi morto após intervir em um assalto a uma autopeça, a 1,5 km do bar onde aconteceu a chacina.

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O PM estava de folga e havia ido na loja comprar um farol. Houve troca de tiros e Ramalho acabou baleado. Ferido, o assaltante foi socorrido por um comparsa. Depois, o suspeito foi encontrado em um hospital em Itaquaquecetuba, onde segue internado sob acompanhamento policial. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, o que, segundo investigadores, pode enfraquecer a tese de retaliação.

Testemunhas, porém, relataram que uma viatura da Força Tática da PM passou pela Domingos de Abreu antes da chacina, com o farol apagado. Na tarde de ontem, carros da Corregedoria da PM, que investiga casos envolvendo policiais, também estiveram no local.

Histórico

Em 2015, a Grande São Paulo foi cenário da maior chacina da história do Estado, que terminou com 23 mortos em Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi. 

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