Uma nova pesquisa, liderada por um especialista da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, aponta que a morte de um parceiro pode fazer com que os batimentos cardíacos de uma pessoa se tornem irregulares, podendo gerar ataques cardíacos e levar até mesmo à morte.
Dados coletados com cerca de um milhão de dinamarqueses mostram um risco elevado de desenvolvimento de problemas no coração dentro de um período de um ano após a morte do parceiro.
Dentre as pessoas analisadas, aquelas com menos de 60 anos cujos parceiros morreram inesperadamente estão mais em perigo.
Ainda segundo a pesquisa — publicada na revista on-line Open Heart nesta quarta-feira (6) —, o risco de problemas cardíacos é maior "de 8 a 14 dias após a perda". No entanto, "um ano após a perda, o risco era quase o mesma que no resto da população".
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Nos últimos anos, diversos estudos têm mostrado que os cônjuges que perdem seus parceiros têm maior risco de morrer — particularmente de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. No entanto, o método de pesquisa não costumava ser claro.
O mais recente levantamento focou especificamente em descobrir se parceiros enlutados são mais propensos a desenvolver fibrilação atrial — o tipo mais comum de arritmia cardíaca —, e fator de risco para acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca.
Os pesquisadores dinamarqueses utilizaram dados populacionais coletados entre 1995 e 2014 para procurar um padrão.
Do grupo, 88,612 pessoas foram diagnosticadas com fibrilação atrial, enquanto outras 886.120 eram saudáveis.
"O risco de desenvolver batimento cardíaco irregular pela primeira vez (após a morte do parceiro) foi 41% maior entre os enlutados do que nas pessoas que não tinham perdido um ente querido".
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(Com informações do The Guardian)