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Ave migratória bate recorde ao voar do Alasca até a Austrália sem descansar

Chip 5G registrou toda a rota de 13.560 km de um fuselo intrépido, que não parou nem para comer

Tecnologia e Ciência|Do R7

Quando um fuselo decola, ele não para mais
Quando um fuselo decola, ele não para mais Quando um fuselo decola, ele não para mais

Quem vê um fuselo (Limosa lapponica) tem a impressão que ele é uma ave comum. Mas esse bicho gosta de coisas estranhas e extremas: vive na lama, se reproduz nas costas geladas do Ártico e, recentemente, se tornou a ave com o voo mais longo sem paradas para se alimentar.

Foram nada menos que 13.560 km de voo migratório, para aproveitar o clima temperado das ilhas da Oceania.

A ave recordista foi chipada ainda nos primeiros dias de vida por pesquisadores apoiados pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA e é conhecida cientificamente pelo número de código 234.684. Quando iniciou o voo, o fuselo tinha cinco meses.

Segundo os dados de satélite, com rastreamento feito por cientistas do Instituto Max Planck de Ornitologia, a ave partiu do Alasca em 13 de outubro, e voou sem pausar por 11 dias e 1 hora, até pousar em Ansons Bay, no estado australiano da Tasmânia.

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Há ainda outros detalhes chocantes da gigantesca migração dessa espécie. Em primeiro lugar, ao contrário de outras aves, elas não planam, e sim batem as asas durante todo o percurso. Além disso, os jovens migram separados dos adultos, que começam a voar cerca de seis meses antes.

Assim como os ursos se preparam para o período de hibernação, as aves da espécie reservam grandes quantidades de gordura para os voos migratórios. Uma viagem do tipo pode consumir até metade do peso delas, segundo os pesquisadores.

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O recorde anterior pertencia a 4BBRW, um macho adulto da mesma espécie, que voou 13 mil km em 2021, uma migração que bateu o próprio recorde anterior dele, de 12 mil km.

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Apesar dos números superlativos, os cientistas explicam que apenas umas poucas aves da espécie carregam dispositivos 5G que fazem acompanhamentos do tipo. Com essa falta de informações, é possível que voos tão gigantescos sejam bastante comuns para essas aves.

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