O governo concordou com acordo costurado entre líderes na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para votar a reforma trabalhista no colegiado apenas na próxima terça-feira (6), disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
"Nós vamos cumprir o nosso acordo, vamos encerrar discussão hoje e votar na próxima terça-feira", afirmou o senador. Falando no início da sessão, Jucá afirmou que a ideia, com isso, é não haver "batalha regimental" na apreciação da matéria na comissão.
Após o acordo, o relator Ricardo Ferraço (PSDB- ES) leu um resumo do seu relatório e a sessão desta terça foi encerrada.
A ideia inicial do governo era aprovar o texto nesta terça para mostrar força depois da delação da JBS ter fragilizado a gestão Temer.
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que o acordo foi costurado com a anuência de diversos senadores da oposição.
Paim fez um apelo, contudo, para que o relator do texto, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), fizesse uma "leitura dinâmica" de seu parecer mesmo após ele ter sido dado como lido na semana passada, desfecho que causou forte embate entre os parlamentares.
Confusão
Uma pequena confusão aconteceu antes mesmo do início da sessão da CAE do Senado nesta terça-feira (30). Enquanto presentes e senadores aguardavam o início da sessão que votará o parecer da reforma trabalhista, seguranças do Senado tentaram retirar um presente à força. Enquanto era carregado para fora, o homem protestou e disse que tinha direito de permanecer na sala.
Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ) intervieram e o homem pode permanecer na CAE.
Em seguida, a sessão foi aberta pelo presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE) às 10h18 com quórum de 20 senadores.