A Justiça Federal no Paraná deve ouvir na tarde desta sexta-feira (24) o depoimento de Flávio Acosta Riveros, acusado de matar o jornalista paraguaio Pablo Medina Velázquez e a assistente dele, Antónia Maribel Almada Chamorro, em outubro de 2014.
Ele foi preso em Pato Branco (PR), em janeiro de 2016, e apesar de o crime ter sido cometido fora do Brasil, a lei permite que o acusado seja julgado em território nacional. O Supremo Tribunal Federal negou a transferência do processo para o Paraguai.
Atualmente ele está custodiando na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.
As vítimas foram mortas a tiros em uma emboscada supostamente montada por Riveros e pelo tio dele, Wilson Acosta Marques, em uma estrada rural paraguaia. Flávio e Wilson estavam usando roupas militares e simularam uma bliz para que Pablo parasse o carro. A irmã de Antónia, Juana Ruth Almada Chamorro, que também estava no veículo, sobreviveu ao ataque.
Segundo as investigações, eles cometeram o crime a mando de Vilmar Acosta Marques, "com objetivo de garantir a impunidade de outros crimes (cessação de publicações sobre delitos)".
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"No legítimo exercício de sua profissão de jornalista, Pablo Medina publicou diversas matérias sobre Vilmar Acosta, então candidato a prefeito e depois prefeito da cidade paraguaia de Ypejhú, a quem atribuía vínculo com o narcotráfico na zona de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, assim como o envolvimento em crimes de homicídio nas regiões paraguaias de Villa Ygatimi e Ypejhú", sustenta o Ministério Público.