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Ameaçado no cargo, Araújo cancela agenda e se reúne com secretários

Pressão pela saída do Ministro das Relações Exteriores cresce após críticas de senadores na semana passada e ataque a Kátia Abreu

Brasil|Daniela Matos, da Record TV em Brasília

Ernesto Araújo, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado
Ernesto Araújo, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado Ernesto Araújo, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado

O ainda ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, cancelou a agenda oficial desta segunda-feira e convocou reunião com todo o secretariado. O chanceler está com o cargo ameaçado e a pressão se intensificou no fim de semana após atacar a presidente da Comissão de Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu (PP/TO).

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No meio da tarde deste domingo, o chanceler insinuou em rede social que o negócio milionário da internet 5G estaria por trás dos ataques que sofreu de senadores em audiência pública na semana passada. A atitude foi lida como clássica de um demissionário e irritou ainda mais os senadores.

Kátia Abreu reagiu, afirmando em nota que "o Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal". E ganhou apoio do presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), que apoiou a colega da Casa em postagem nas redes sociais.

"A tentativa do ministro Ernesto Araújo de desqualificar a competente senadora Kátia Abreu atinge todo o Senado Federal", escreveu o senador, aliado do presidente Jair Bolsonaro.

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Na audiência pública no Senado da semana passada, Araújo foi alvo de fortes ataques por parte dos parlamentares. Depois da reunião, sua substituição no cargo passou a ser dada como certa.

O blog de Christina Lemos divulgou, também neste domingo, que a pressão sobre Bolsonaro para que afaste os ministros da “ala ideológica” se intensificou principalmente após o contato da cúpula do Congresso com expoentes do setor financeiro e industrial.

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A elite empresarial deixou claro aos presidente da Câmara, Artur Lira (PP/AL), e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), em mais de um encontro nos últimos dias, que exigia uma mudança de rumos da parte do governo.

Se demitido, será o 14º ministro do governo a cair. Araújo está no governo desde o início da gestão e acumula polêmicas ao longo da gestão na política internacional. Em abril de 2020, por exemplo, no ínicio da pandemia, ele postou que o planeta enfrentava o "comunavírus".

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