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Após relato de confronto, PF não encontra corpos em terra indígena

Equipes estiveram na comunidade de Palimiu (RR), mas acharam apenas munições. Índios dizem que três garimpeiros morreram

Brasil|Do R7

Quando os policiais federais estavam prestes a deixar terra indígena, foram alvo de disparos feitos por garimpeiros em uma embarcação
Quando os policiais federais estavam prestes a deixar terra indígena, foram alvo de disparos feitos por garimpeiros em uma embarcação Quando os policiais federais estavam prestes a deixar terra indígena, foram alvo de disparos feitos por garimpeiros em uma embarcação

Equipes da Polícia Federal que estiveram nesta terça-feira (11) em uma terra indígena ianomâmi, em Roraima, informaram que não encontraram corpos no local. Segundo relato feito pelos indígenas, um confronto armado entre eles e garimpeiros ilegais na segunda-feira (10) teria deixado três garimpeiros mortos e um indígena ferido de raspão. Na versão apresentada pelos índios à PF, os corpos teriam sido levados por outros garimpeiros.

De acordo com as investigações da PF, apenas um indígena ficou ferido, mas sem gravidade. Um garimpeiro apreendido pelos índios foi levado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) à Superintendência da Polícia Federal, onde foi ouvido e depois liberado. Na comunidade de Palimiu, local onde teria ocorrido o conflito, funcionários da Funai recolheram cápsulas de munição de diversos calibre, como .20 mm, 380 mm e 9 mm.

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Quando os policiais federais estavam prestes a embarcar de volta para Boa Vista (RR), uma embarcação de garimpeiros passou no rio Uraricoera e fez disparos de arma de fogo. Segundo a PF, os policiais revidaram, mas ninguém foi atingido.

Pedido ao STF

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Ainda nesta terça-feira (11), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que determine a saída imediata de garimpeiros ilegais da terra indígena ianomâmi.

No pedido ao ministro do STF Luís Roberto Barroso, a associação apresenta uma carta em que afirma que o ataque de segunda-feira (10) foi o terceiro este ano na localidade e pede que se cobre da União quais "medidas estão sendo tomadas para fiscalização da TI Ianomâmi" com o objetivo de impedir a presença dos garimpeiros ilegais e garantir a livre circulação e segurança dos indígenas.

Os indígenas querem a retirada dos invasores com urgência "ante a iminência de um genocídio e a escalada de disseminação de malária e covid-19 na referida TI por garimpeiros ilegais", segundo o documento.

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