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Denúncias de violações de direitos humanos explodem na pandemia

Dados consolidados em portal do governo federal já superam as denúncias do Disque 100 em todo o primeiro semestre do ano passado 

Brasil|Gabriel Croquer*, do R7

Maioria das violações ocorre com pessoas socialmente vulneráveis
Maioria das violações ocorre com pessoas socialmente vulneráveis Maioria das violações ocorre com pessoas socialmente vulneráveis

As denúncias de violações contra os direitos humanos de mulheres e crianças explodiram no Brasil desde março de 2020, início da pandemia do novo coronavírus no país, segundo o Portal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que reúne dados dos serviços Disque 100 e Disque 180.

Leia mais: Quarentena faz cair denúncias de violência contra crianças em SP

O Disque 100 atua como serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual. Desde a criação do portal, no dia 1º de março deste ano, até o dia 26 de maio, o sistema registrou 85.257 denúncias, que ultrapassam em 11% as 76.529 recebidas pelo Disque 100 no período de janeiro a junho do ano passado. 

O Disque 180, que atende mulheres vítimas de violência, registrou 46.510 chamados no 1º semestre de 2019.

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Entre as quase 90 mil denúncias catalogadas de março a maio de 2020, o portal também separou as solicitações relacionadas à pandemia do novo coronavírus.

O destaque entre as categorias é a "Exposição a Risco de Saúde", com 12.573 casos. Outras violações referem-se "Exposição" (2.907), "Constrangimento" (1.717) e "Maus-tratos" (1.104). O Portal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos é atualizado diariamente.

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Ainda de acordo com a plataforma, a grande maioria das violações relacionadas à pandemia ocorre em pessoas socialmente vulneráveis. São pelo menos 9.551 denunciantes que pertenceriam a este grupo.

"A maioria das denúncias de violência e negligência contra crianças chegam aos órgãos de proteção por meio de educadores e cuidadores. Como as creches e escolas não estão funcionando, esses casos não são apresentados aos serviços de proteção”, afirmou o especialista em direitos da infância, juventude e direitos humanos, Ariel de Castro Alves, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos) de São Paulo.

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O pico de registros foi no dia 23 de março, com 751 denúncias.

Assim como no ano passado, o estado de São Paulo lidera o ranking de registros relacionados à covid-19, com 3.740 denúncias. Também seguindo a ordem da lista de 2019, em seguida estão Rio de Janeiro, com 1.865, e Minas Gerais, com 1.040.

Feminicídio está entre os crimes que aumentaram no Brasil em 2019 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Clarice Sá 

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