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Lira extingue comissão da reforma tributária por 'segurança jurídica'

Presidente da Câmara disse que comissão estouro prazo de sessões, o que poderia ser alvo de contestação da reforma

Brasil|Gabriel Croquer, do R7

Reforma tributária era uma das prioridades do Congresso antes da pandemia
Reforma tributária era uma das prioridades do Congresso antes da pandemia Reforma tributária era uma das prioridades do Congresso antes da pandemia

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) confirmou nesta terça-feira (4) que vai extinguir a comissão da reforma tributária, poucas horas depois do relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ter apresentado, por mais de três horas, o relatório da medida.

Lira afirmou que não poderia permitir a validade do relatório da Comissão Mista da Reforma Tributária, já que esta teria estourado o total de sessões previstas no regimento interno da Casa. O relatório desta comissão fora das normas poderia trazer problemas futuros à reforma, segundo o deputado.

"Tudo tem que ser feito dentro da ótica da lei e do regimento, para evitar qualquer tipo de contestação futura. O objetivo é preservar a tramitação da reforma tributária", justificou o presidente da Câmara sobre a extinção. 

Portanto, o relatório de Aguinaldo Ribeiro, que propôs a unificação de cinco impostos (PIS, da Cofins, do IPI, do ICMS e do ISS) e fatiou parte das propostas, não terá mais validade para o andamento da reforma no Congresso. Lira, porém, elogiou o trabalho, agradeceu ao colega e afirmou que "nada se desperdiça": "o relatório final sem dúvida irá incorporar alguns pontos, se não grande parte". 

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Ele ainda prometeu que os líderes do Senado e da Câmara devem priorizar a tramitação da proposta nos próximos dias. "Haveremos de encontrar uma saída rápida, que dê segurança jurídica e que traga o melhor texto para o Brasil."

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também já citou a reforma tributária como uma das prioridades do Congresso. Ele previu que a proposta deve ser aprovada até outubro de 2021.

A reforma tributária parte de duas PECs (Proposta de Emenda à Constituição): a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019, que convergem ao extinguir tributos. A PEC 45/2019 extingue os mesmos tributos que foram citados pelo relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro. A PEC 110/2019 atingiria mais outros quatro impostos federais (IOF, salário-educação, Cide-combustíveis e Pasep).

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