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Ministério da Defesa rebate Aziz por fala na CPI: 'Acusação irresponsável'

Nota assinada pelo Ministro da Defesa e comandantes em defesa de militares diz que "Forças não aceitarão qualquer ataque leviano"

Brasil|Do R7

Aziz citou militares do governo Bolsonaro investigados pela CPI da Covid
Aziz citou militares do governo Bolsonaro investigados pela CPI da Covid Aziz citou militares do governo Bolsonaro investigados pela CPI da Covid

O Ministério da Defesa e as Forças Armadas do Brasil emitiram nota nesta quarta-feira (7) rebatendo fala do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), sobre militares do "lado podre" que estivessem envolvidos em esquemas de corrupção.

"As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro", escreveram em nota o Ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, o general Paulo Sérgio, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, e o almirante Almir Garnier Santos, respectivamente. 

O posicionamento foi publicado horas depois de comentário de Aziz durante a sessão desta quarta-feira (7), onde o parlamentar citou militares que são integrantes do governo Bolsonaro, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-secretário executivo da pasta Elcio Franco.

"Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo", disse Aziz. 

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Ele citou os presidentes da ditadura militar, João Figueiredo e Ernesto Geisel, como exemplo da integridade dos militares, dizendo que os dois morreram pobres. "E eu estava, naquele momento, do outro lado, contra eles. Uma coisa de que a gente não os acusava era de corrupção, mas, agora, Força Aérea Brasileira, Coronel Guerra, Coronel Elcio, General Pazuello e haja envolvimento de militares", completou. 

O Ministério da Defesa, por sua vez, entendeu que a fala desrespeitou as Forças Armadas. "Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável", comentou.

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Durante sessão do Senado, pouco depois da divulgação do pronunciamento, Aziz respondeu aos comandantes, disse que mantinha sua fala na CPI e que respeitava as Forças Armadas. "Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimidem", afirmou. 

Depois de denúncias de corrupção na compra das vacinas Covaxin e Astrazeneca/Oxford a atuação de militares no governo está entre os focos da CPI. Segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o representante comercial Luiz Dominguetti, a estrutura do ministério, comandado por Pazuello e Elcio Franco, teria sido utilizada para superfaturar o preço das doses e favorecer empresas durante as aquisições. 

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Dominguetti ainda afirmou o ex-funcionário do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, foi quem o apresentou ao ex-diretor de logística da pasta, Roberto Dias. Neste encontro, contou o vendedor, Dias teria proposto que ele aumentasse o preço de cada dose das vacinas oferecidas em US$ 1.

Veja a íntegra da carta:

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