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Ministro Edinho diz confiar que Temer unifique o PMDB em nome da governabilidade

Atualmente, o PMDB comanda sete dos 31 ministérios

Brasil|

Líder da Comunicação Social tentou pôr panos quentes na nova crise política
Líder da Comunicação Social tentou pôr panos quentes na nova crise política Líder da Comunicação Social tentou pôr panos quentes na nova crise política

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, disse confiar no empenho do vice-presidente Michel Temer no trabalho de reunificação do PMDB. Dois dias após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, também do PMDB, anunciou sua saída do governo.

Padilha é o ministro mais ligado a Temer e seu pedido de demissão foi interpretado no Palácio do Planalto como o primeiro passo para o descolamento do vice e o desembarque do PMDB da equipe.

Edinho, porém, tentou pôr panos quentes na nova crise política.

— Eu penso que a maior liderança do PMDB é o vice-presidente Michel Temer e ele vai trabalhar para unificar o partido, que, depois do PT, é o que tem maior número de ministérios e possui papel fundamental na governabilidade.

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Atualmente, o PMDB comanda sete dos 31 ministérios.

Dilma reitera que não há fundamento para o processo de impeachment

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Presidente diz ter total confiança em Temer e esperança que Padilha fique no cargo

O Planalto tenta atrair Temer, que é advogado constitucionalista, para a defesa jurídica contra o impeachment, mas o vice não participou nem mesmo da reunião de Dilma com 23 ministros, na quinta-feira (3). Nos bastidores, os interlocutores do vice dizem que a presidente e ele continuam muito distantes e que a defesa do governo cabe à AGU (Advocacia Geral da União).

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— O governo tem clareza da importância do vice-presidente. Ele sempre assumiu tarefas na construção da governabilidade e penso que agora não será diferente. [...] Michel Temer tem uma biografia brilhante, capacidade de diálogo muito grande e essa capacidade será colocada em prol da construção da governabilidade, para que possamos superar esse momento de dificuldade.

Eliseu Padilha acumulou a Secretaria da Aviação Civil com a articulação política do governo Dilma de abril a setembro, quando deixou a função juntamente com Temer, que coordenava essa área. Os dois entraram em atrito com o PT e com o então chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, hoje no Ministério da Educação.

Para piorar a situação, Padilha não escondeu o descontentamento, nos últimos dias, com o fato de Dilma ter retirado a nomeação do técnico Juliano Alcântara Noman, seu indicado para a diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A nomeação ocorreu no dia 23 de novembro, mas logo depois, em 1.º de dezembro, a presidente decidiu voltar atrás.

O motivo para o recuo foi um pedido do senador Vicentinho Alves (PR-TO), que quer emplacar na Anac um afilhado seu, Professor Georges. Além disso, o ex-ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Valmir Campelo pressiona o governo pela nomeação de seu filho Ricardo Maia Bezerra - que já ocupou a diretoria da Anac em 2010, no governo Lula.

Na reunião de Dilma com 23 ministros ontem, Padilha não deu uma palavra. Embora o ministro já planejasse deixar a equipe em março de 2016 — quando o PMDB fará uma convenção nacional e ameaça se divorciar do governo, entregando todos os cargos —, a "desnomeação" de seu afilhado precipitou a saída.

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