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Moro diz que está sobrecarregado e abre mão de processo da Lava Jato

Para o juiz, a ação penal não tem ligação com a Petrobras ou com o setor de propinas da Odebrecht. Processo foi para 23ª Vara Federal de Curitiba

Brasil|Thais Skodowski, do R7


Moro abre mão de processo oriundo da Lava Jato
Moro abre mão de processo oriundo da Lava Jato

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, declarou que não tem competência para julgar uma ação penal com 18 investigados oriunda da 48ª fase. É a primeira vez que o juiz determinou que um processo originado na Lava Jato fosse remetido para outro magistrado. O despacho foi publicado na segunda-feira (11).

A ação penal foi redistribuída para a 23ª Vara Federal de Curitiba, que tem como responsável o juiz Paulo Sergio Riberio.

A 48ª fase ficou conhecida como Integração e investiga uma concessionária de pedágio do Paraná que teria pago propina a agentes públicos.

Segundo Moro, apesar das conexões, a ação penal não tem ligação com a Petrobras ou com o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Ele ainda afirmou que está sobrecarregado.


"Outra questão diz respeito à sobrecarga deste Juízo com as persistentes apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobras e ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. O número de casos é elevado, bem como a complexidade de cada um, gerando natural dificuldades para processamento em tempo razoável", escreveu Moro no despacho.

Investigação


Em fevereiro, seis pessoas foram presas na Operação da PF (Polícia Federal). Entre elas, o ex-diretor-geral do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) Nelson Leal Junior. A sede do governo estadual foi alvo de mandado de busca e apreensão no dia da operação.

A investigação teve início na Justiça Federal de Jacarezinho, no interior do Paraná, porém, os autos foram encaminhados a 13ª Vara Criminal. Moro, no despacho, afirmou que assumiu a ação penal ao notar “pontos de conexões” entre a investigação e a Lava Jato, como a participação dos operados Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran.

"Foi da iniciativa daquele Juízo remeter os processos para a Justiça Federal de Curitiba, no que agiu acertadamente ao verificar a presença de indícios de crimes de lavagem e que, a confirmar a hipótese de investigação, foram depois objeto da denúncia", escreveu o juiz federal no despacho.

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