Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Moro queria manter cargo de juiz até janeiro por causa dos filhos

Em pedido de exoneração, futuro ministro da Justiça afirma que deixa magistratura para evitar ‘controvérsias artificiais’ e 'reclamações'

Brasil|Diego Junqueira, do R7

Moro deixa oficialmente a magistratura na próxima segunda-feira (19)
Moro deixa oficialmente a magistratura na próxima segunda-feira (19) Moro deixa oficialmente a magistratura na próxima segunda-feira (19)

O juiz federal Sergio Moro pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (16) para evitar “controvérsias artificiais”, segundo afirma em seu pedido de exoneração, enquanto organiza as “futuras ações” do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que comandará a partir de janeiro.

Escolhido para o cargo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Moro decidira inicialmente aproveitar de férias até janeiro, quando só então pediria exoneração da magistratura. O motivo era garantir uma pensão a seus dois filhos caso algo de grave acontecesse contra sua vida. No entanto, “reclamações” sobre sua postura o fizeram mudar de ideia.

“Embora a permanência na magistratura fosse relevante ao ora subscritor por permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em contexto na qual (sic) há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias artificiais, já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça”, escreveu o juiz em seu pedido de exoneração.

Em outro trecho, Moro diz que "houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo" (leia o pedido completo ao final).

Publicidade

Vaga na 13ª Vara Federal

Juiz responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância do Paraná, Moro deixa a 13ª Vara Criminal de Curitiba e abre uma disputa pelo posto.

Publicidade

Após a publicação do ato de exoneração do magistrado federal no Diário Oficial da União, o edital para concurso de remoção deve ser publicado. A remoção é um concurso interno entre magistrados da Justiça Federal da 4ª Região, para preenchimento de vagas, de acordo com as regras estabelecidas na Resolução 32/2007 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na Resolução 1/2008 do Conselho da Justiça Federal (CJF) e no Regimento Interno do TRF4, artigo 371.

Após a publicação do edital, os juízes federais que desejarem concorrer à vaga de remoção têm o prazo de 10 dias para manifestação de interesse e três dias para desistência. Depois o processo é instruído e deve ter a duração de cerca de um mês.

O candidato deve ser escolhido de acordo com o critério da antiguidade. Primeiro leva-se em conta o tempo no cargo de juiz federal na 4ª Região. Depois, a antiguidade no exercício no cargo de juiz federal substituto na 4ª Região e, por fim, o critério de classificação no concurso público.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.