O vice-presidente, Hamilton Mourão,acredita que a vacinação nacional contra a covid-19 deve começar em fevereiro de 2021.
“Tem que aguardar aí as compras das vacinas que vão ser feitas. São dois aspectos. Primeiro, comprar, distribuir em todo o território nacional. E a partir daí começar (a imunização). Eu acredito que talvez em fevereiro, se Deus quiser, a gente consegue tá vacinando", disse o vice-presidente nesta terça-feira de manhã a jornalistas, em Brasília.
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Sobre o temor de que passageiros europeus, especialmente os do Reino Unido, entrem no Brasil contaminados com a nova variante da covid-19, Mourão destacou que a única restrição é o teste. “Para chegar aqui no Brasil tem que estar testado. É a única restrição.”
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Questionado sobre as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), de que o governo não teria dado contrapartida para a suspensão do recesso parlamentar, Mourão desconversou. "Não sei qual é a contrapartida que ele queria. Isso é responsabilidade do Legislativo, não é responsabilidade do governo federal."
Para Maia, o governo não tem interesse de estimular o debate no Congresso em janeiro por temer que o presidente da Câmara paute matérias que favoreçam o seu candidato à sucessão no comando da Casa.
A respeito da prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), Mourão afastou qualquer possibilidade de desgaste na imagem do governo federal. O chefe do Executivo municipal fluminense recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, mas acabou derrotado por Eduardo Paes (DEM).
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"Isso aí é investigação policial, segue o baile aí, investigação, acabou. Pro governo não tem impacto nenhum. Não tem nada a ver com a gente. Zero impacto", afirmou a jornalistas em Brasília. A gente apoia tanta candidatura ai. Tem nada a ver."
Crivella acabou preso nesta manhã no Rio de Janeiro em uma operação da Polícia Civil e do Gaocrim/MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O prefeito foi detido em casa, no bairro Península, na Barra da Tijuca, e levado para a Cidade da Polícia, no Jacaré. A medida faz parte da Operação Hades, que apura supostos pagamentos de propina dentro da Prefeitura do Rio de Janeiro, considerado pela investigação um "QG da Propina".
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Crivella, que está a 9 dias do fim do mandato, nega todas as acusações, disse que foi o prefeito que mais combateu a corrupção, cobrou justiça e afirmou ser vítima de uma perseguição política.