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Mulheres dedicam o dobro de tempo ao cuidado das casas

Afazeres domésticos consomem 21,4 horas do público feminino contra 11 horas do masculino, segundo estudo do IBGE 

Brasil|Do R7

Mulheres se dedicam aos afazeres domésticos quase o dobro de tempo dos homens
Mulheres se dedicam aos afazeres domésticos quase o dobro de tempo dos homens Mulheres se dedicam aos afazeres domésticos quase o dobro de tempo dos homens

Mulheres se dedicam aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos quase o dobro de tempo dos homens, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São 21,4 horas dedicadas aos afazeres domésticos pelo público feminino, contra 11 horas do público masculino.

Os dados fazem parte de uma ampla pesquisa chamada "Estatísticas de Gênero - Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil". Ela compila diversos estudos, como a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), as Estatísticas do Registro Civil, a Pesquisa Nacional de Saúde, entre outras.

Os dados sobre a dedicação das pessoas à tarefa de cuidar de casas e pessoas são de 2019. Eles indicam que, na região sudeste, as mulheres se dedicam mais horas a estas atividades - 22,1 horas semanais. Entretanto, a maior desigualdade se encontrava na região nordeste, onde as mulheres se dedicavam a esse tipo de serviço 21,8 horas, contra 10,5 dos homens.

Pretos e pardos são 77% entre pessoas com menor renda, diz IBGE

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O recorte por cor ou raça indica que as mulheres pretas ou pardas estavam mais envolvidas com os cuidados de pessoas e os afazeres domésticos, com o registro de 22 horas semanais em 2019, ante 20,7 horas para mulheres brancas.

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Renda

Entre as mulheres, também há diferenças por rendimento domiciliar per capita, com uma média maior de horas trabalhadas nas atividades de cuidados e afazeres domésticos entre aquelas que fazem parte dos 20% da população com os menores rendimentos (24,1 horas) em comparação com as que se encontram nos 20% com os maiores rendimentos (18,2 horas).

"Essa diferença mostra que a renda é um fator que impacta no nível da desigualdade entre as mulheres na execução do trabalho doméstico não remunerado, uma vez que permite acesso diferenciado ao serviço de creches e à contratação de trabalho doméstico remunerado, possibilitando a delegação das atividades de cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos, sobretudo a outras mulheres", afirma o estudo. 

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