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Parecer para desobrigar máscaras está em estudo, diz Queiroga

Segundo ministro, presidente pediu medida – que contraria protocolos médicos – por estar "muito satisfeito" com vacinação

Brasil|Gabriel Croquer, do R7

Flexibilização de máscaras ocorre em países com alto indíces de vacinação, como os EUA
Flexibilização de máscaras ocorre em países com alto indíces de vacinação, como os EUA Flexibilização de máscaras ocorre em países com alto indíces de vacinação, como os EUA

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que o parecer anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para desobrigar o uso de máscaras por vacinados e recuperados da covid-19 ainda é estudado pelo ministério. 

"Recebi do presidente Bolsonaro hoje uma solicitação para fazer um estudo acerca do uso das máscaras. O presidente está muito satisfeito com o ritmo da campanha de vacinação do Brasil, da chegada de novas doses, da distribuição de mais de 100 milhões de doses de vacinas. O presidente acompanha o cenário internacional e vê que, em outros países onde a campanha de vacinação já avançou, as pessoas já estão flexibilizando o uso das máscaras", afirmou o ministro. 

A medida foi anunciada por Bolsonaro mais cedo nesta quinta-feira (10). Ele afirmou, porém, que Queiroga iria "ultimar" o parecer, sem citar outros estudos adicionais. A recomendação contraria especialistas da saúde, que apontam riscos de reinfecção e de escape de vacinas naqueles que já têm anticorpos contra a doença.

A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) também pediu cautela na desobrigação do uso de máscaras. Vale ressaltar que nenhuma vacina tem 100% de eficácia contra a covid, o que possibilita que até os imunizados adoeçam e que também transmitam a doença. 

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Além disso, o uso de máscaras foi flexibilizado principalmente em países que têm altos indíces da população vacinada, o que não é o caso do Brasil. Nos EUA, que já desobrigou imunizados a usarem a proteção, 42% já foram totalmente imunizados, com as duas doses. No Brasil a taxa é de 11,18%.

Desde que assumiu o ministério, em março, o próprio Queiroga também sempre recomendou o uso de máscaras como medida essencial de combate à pandemia. Ele já chegou a afirmar que o "Brasil é a pátria de máscaras"

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