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Pazuello diz que corrigiu indicação de Mandetta para a cloroquina

Ex-ministro da Saúde citou na CPI da Covid estudo que matou 22 pessoas no Amazonas por aplicar remédio em casos graves

Brasil|Do R7


Pazuello diz que sempre defendeu medidas restritivas
Pazuello diz que sempre defendeu medidas restritivas

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou nesta quarta-feira (19) à CPI da Covid, do Senado Federal, que o maior erro na prescrição da cloroquina durante a pandemia do novo coronavírus ocorreu na gestão do ex-titular da pasta Luiz Henrique Mandetta.

Ele não se mostrou contrário ao uso do remédio contra a covid, desde que prescrito por um médico, mas citou que foi necessário corrigir um erro na primeira indicação do governo federal à cloroquina. 

De acordo com o ex-ministro, uma nota técnica da gestão do ministro Mandetta foi mantida mesmo após um estudo em Manaus ter sido encerrado com a morte de 22 pacientes.

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"No final de março e começo de abril foi feito o famigerado estudo em Manaus com cloroquina em altas doses na fase aguda. Foram 20 mortos, 22 mortos. Tem processo de Ministério Público rolando até hoje. Foi um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde, pela Fiocruz e por vários médicos PHD e publicado num períodico americano chamado Jama." 

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"Senhores, o Ministério da Saúde tinha uma nota técnica para usar na fase em que estava morrendo gente", enfatizou.

Por isso, disse Pazuello, já quando ele estava no cargo de secretário do ministério, em abril, foi feita uma correção em relação ao medicamento por meio da orientação para os médicos que decidissem prescrever a cloroquina. "Nós pedíamos que se atentassem à dosagem utilizada e para não a utilizarem na fase grave da doença." 

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Mandetta, em suas declarações sobre esse período, disse na CPI da Covid que a cloroquina foi indicada inicialmente em seu período na pasta como última tentativa para salvar pacientes graves de covid (uso compassivo).

Mandetta também já declarou que indicar qualquer medicamento para casos leves e moderados de covid é ignorar que mais de 95% dos doentes se curam sem qualquer tipo de remédio.

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Pazuello também afirmou na CPI que é contra a distribuição de medicamentos e o estímulo para uso de remédios sem receita, mas defende a autonomia dos médicos para prescreverem o que acharem melhor.

29 países usam cloroquina pra covid, diz

Em uma contextualização sobre a droga, Pazuello disse que a cloroquina é utilizada no Brasil há décadas e tem ações antivirais. Citou que o remédio foi usado no país no protocolo de doenças como o zikavírus e a chikungunya.

Segundo ele, o medicamento é utilizado por vários países no tratamento contra a covid-19 como off-label (fora da bula). O ex-ministro declarou que 29 países do mundo usam a cloroquina em seu protocolo contra a covid. Citou entre eles Cuba e Índia.

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