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Primeira opção de Bolsonaro na PF do Rio foi articulado por Ramagem

Relato é de Alexandre Saraiva, superintendente do Amazonas e amigo de Ramagem, que teria sugerido seu nome para o presidente da República

Brasil|Márcio Neves, do R7

A Polícia Federal ouviu na tarde desta quarta-feira (13), Alexandre Silva Saraiva, superintendente da PF no Amazonas, e nome que chegou a ser cogitado apra assumir a mesma função no Rio de Janeiro, quando teria iniciado as primeiras manifestações de troca pelo presidente Bolsonaro para Sérgio Moro.

Leia mais: Bolsonaro nunca pediu relatórios, diz ex-superintendente da PF no Rio

Em seu depoimento Saraiva relata que o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, teria sugerido ao presidente para assumir o cargo. Ele também relata que tem relação de amizade com Ramagem, por já ter sido seu superior quando trabalharam juntos em Roraima.

Em suas declarações ele também pontuou que apesar da proximidade, Ramagem "nunca repassou orientações ou intenções do Presidente da República em relação a Polícia Federal". 

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Saraiva também pontou que considerou ser uma honra ter seu nome escolhido por Bolsonaro para a função, por ser um dos mais antigos em atividade na corporação e frisou que se fosse designado atualmente para assumir a Superintendência da PF no Rio, recusaria o cargo.

Alexandre Saraiva também relatou que na gestão de Maurício Valeixo como diretor-geral da PF, existia muitos casos em que "diretor, superintendente e coordenador" nomeados não teria respeitado requisitos mínimos previstos em regimento da Polícia Federal e frisou que raramente quem ocupava cargos de chefia no Norte tinha a possibilidade de assumir lideranças na PF "no litoral".

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Ele também relatou em seu depoimento que tem experiência em ações de combate ao crime organizado, inclusive com mílicias, e que tinha conhecimento que a produtividade sa Superintendência da PF no Rio de Janeiro, "não é lá essas coisas", mas ponderou que estes indíces não refletem a realidade operacionam de nenhuma das unidades da PF no Brasil.

Os depoimentos aconteceram na sede da PF em Brasília, simultaneamente ao depoimento da deputada federal Carla Zambelli e de Alexandre da Silva Saraiva, superintendente no Amazonas.

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A oitiva foi acompanhada por representantes da PGR (Procuradoria Geral da República), da AGU (Advocacia Geral da União) e de um dos advogados que representa Sérgio Moro no processo.

Já prestaram esclarecimentos no caso, além de Moro, o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, Alexandre Ramagem, um dos indicados para substituir Valeixo por Bolsonaro,  Ricardo Saad, outro ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, e os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Walter Braga Netto, da Casa Civil.

Ontem, Moro e representantes da AGU, da PGR e do STF também assistiram a reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro em seu depoimento, como prova das intenções de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

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