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É 'natural' presidente querer alguém próximo à frente da PF, diz Heleno

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional foi apontado por Moro como uma das testemunhas das intenções de Bolsonaro em interferir na PF

Brasil|Alexandre Garcia e Márcio Neves, do R7

Depoimento de Heleno à PF durou quase 5 horas
Depoimento de Heleno à PF durou quase 5 horas Depoimento de Heleno à PF durou quase 5 horas

O ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou em depoimento à PF (Polícia Federal) nesta terça-feira (12) que considera "natural" que o presidente da República queira optar por uma pessoa próxima para exercer o cargo de diretor-geral da PF.

A fala faz referência à indicação feita por Bolsonaro para que o atual diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, assumisse o comando da Polícia Federal. "Na visão do presidente, Ramagem ''daria um novo ânimo à Polícia Federal'", relatou o ministro.

Heleno reconheceu a proximidade de Ramagem com a família do presidente e classificou o bom trabalho desempenhado pelo delegado à frente da Abin como "excepcional". 

Leia mais: Braga Netto diz que tentou fazer Moro 'se acalmar'

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De acordo com Heleno, os relatórios desejados por Bolsonaro “envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos policias sigilosos”. Ele garantiu ainda que o presidente “nunca solicitou dados específicos de investigações em curso”.

O depoimento à PF foi realizado no Palácio do Planalto, durou quase 5 horas e foi acompanhado por representantes da AGU (Advocacia Geral da União), da PGR (Procuradoria Geral da República) e de advogados que representa Sérgio Moro.

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Ao comentar sobra a insistência de Bolsonaro relatada por Moro pela troca de comando da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, Heleno disse que que “tem conhecimento que o presidente cobrava um maior desempenho da Polícia Federal do Rio de Janeiro no combate à corrupção”.

Heleno também foi apontado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro como uma das testemunhas no inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga uma suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro interferir na Polícia Federal.

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Em outras salas, também no Palácio do Planalto e no mesmo horário, depuseram os ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

Hoje pela manhã Moro, representantes da AGU, da PGR e do STF assistiram a reunião ministerial de 22 de abril, apontada pelo ex-ministro em seu depoimento, como prova das intenções de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal.

Ontem já prestaram depoimentos o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, além de Alexandre Ramagem, atual diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e um dos indicados por Bolsonaro para substituir Valeixo, mas barrado pelo STF, e o ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro Ricardo Saad.

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