Com a chegada da segunda denúncia de Rodrigo Janot ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (14), o presidente Michel Temer correu para tentar barrar o envio da acusação à Câmara.
Por meio de seu advogado, criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, o peemedebista pediu ao ministro Edson Fachin que não encaminhe agora à Câmara a nova denúncia do procurador-geral da República, que a ele imputa organização criminosa e obstrução de Justiça.
Mariz alega que no dia 6 de setembro foi interposta questão de ordem pleiteando que eventual oferecimento de nova denúncia contra o presidente, baseada nas colaborações premiadas dos executivos do Grupo J&F, tivesse seu encaminhamento para a Câmara sustado, devido à existência de investigação no âmbito da Procuradoria-Geral da República sobre a legalidade dos acordos.
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O julgamento da questão de ordem teve início na quarta-feira (13), porém a sessão foi suspensa e sua continuidade está programada para o próximo dia 20.
"Ocorre que a defesa teve ciência que a denúncia alardeada pelo procurador-geral da República foi efetivamente oferecida no dia de hoje (quinta, 14). Desta forma, requer-se que o encaminhamento da referida denúncia para a Câmara dos Deputados seja sustado até a finalização do julgamento da questão de ordem."