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Brasil teve 4.255 mortes e prejuízo de R$ 500 bilhões em desastres ambientais nos últimos 20 anos

Dados da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil apontam ainda que 8 milhões de pessoas ficaram desabrigadas no período 

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Desastres deixaram 8 milhões desabrigados
Desastres deixaram 8 milhões desabrigados Desastres deixaram 8 milhões desabrigados (Sérgio Vale/Agência de Notícias do Acre — Arquivo)

Nos últimos 20 anos, 4.255 pessoas morreram em razão de desastres ambientais no Brasil, e outras 8 milhões ficaram desabrigadas, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O índice representa uma perda econômica de R$ 24 bilhões e 212 mortes por ano. Os dados englobam casos de chuvas intensas, estiagens, inundações e ondas de calor. Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal se destacam entre as unidades da federação com mais pessoas afetadas.

Há dois anos, o Brasil registrou o maior número de mortes causadas por desastres naturais desde 2011, quando 957 óbitos foram registrados. Apenas em 2022, o país teve um prejuízo de mais de R$ 68 bilhões. Nesses 20 anos, o prejuízo chega a quase R$ 500 bilhões.

Os índices, que englobam o período de 2003 a 2022, foram fornecidos por um programa criado pelo Banco Mundial e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A pesquisa não mostra os prejuízos e óbitos registrados em 2023, mas segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), no ano passado 248 mortes foram notificadas por tragédias naturais no Brasil.

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Quase metade dos óbitos causados por desastres relacionados a chuvas no ano passado são do Rio Grande do Sul, de acordo com a CNM. No ano passado, o estado enfrentou situações climáticas extremas, como ciclones e chuvas intensas, influenciados principalmente pelo fenômeno El Niño.

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As tempestades no Rio Grande do Sul causaram um prejuízo estimado em R$ 3 bilhões e cerca de 67 mortes foram registradas durante todo o ano. Em setembro, a passagem do ciclone extratropical afetou mais de 90 cidades gaúchas.

No início de janeiro, as chuvas que ocorrem no Distrito Federal vem causando estragos em diferentes regiões administrativas. Nessa sexta-feira (12), a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), decretou estado de emergência devido ao tempo.

Na Vila Cauhy, uma das regiões mais afetadas na capital, moradores precisaram ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros Militar por terem ficado ilhados. Em outro caso, na região de Taguatinga, uma família conseguiu escapar em segundos antes que uma enxurrada tomasse conta da casa (veja vídeo abaixo).

Condições climáticas

Dados da CNM apontam que nos últimos 10 anos 93% dos municípios brasileiros foram atingidos por desastres naturais como tempestades, enxurradas, inundações e alagamentos. Os estudos, referentes aos anos de 2013 a 2022, indicam que mais de 2 milhões de moradias foram danificadas — 107 mil foram completamente destruídas.

Um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em julho de 2023 indica uma tendência de aquecimento de longo prazo e um aumento do nível do mar em países da América Latina e Caribe. O documento destaca ainda o aumento das temperaturas, o que favoreceu períodos de incêndios florestais e a emissão dos altos níveis de dióxido de carbono.

Conforme a OMM, a região contabilizou 943 desastres naturais entre 1970 e 2021, sendo 61% dos casos relacionados a inundações. No total, mais de 58 mil pessoas foram mortas, e as perdas econômicas ultrapassam US$ 115,2 bilhões.

Recentemente, o Brasil vivenciou períodos de calor extremo, e pelo menos 15 estados entraram em alerta vermelho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Rio de Janeiro, por exemplo, os termômetros marcaram mais de 42°C em novembro, com sensação térmica de 58°C.

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