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Câmara adia pela 3ª vez votação de perdão a partidos que não deram verba mínima a mulheres e negros

Deputados não entraram em acordo nesta terça sobre o parecer do relator da PEC da Anistia, e votação foi adiada para esta quarta

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Relator pediu mais tempo para analisar sugestões
Relator pediu mais tempo para analisar sugestões Relator pediu mais tempo para analisar sugestões

Pela terceira fez consecutiva, a Câmara dos Deputados adiou nesta terça-feira (26) a votação da PEC da Anistia, como é chamada a Proposta de Emenda à Constituição que propõe o perdão a partidos políticos que cometeram irregularidades eleitorais, dentre elas, o desrespeito ao repasse mínimo de verbas a candidatos do sexo feminino e negros nas eleições de 2022.

O deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), relator da proposta, pediu mais tempo para analisar as sugestões feitas pelos deputados, e a votação foi remarcada para esta quarta (27). Rodrigues já apresentou quatro versões do texto.

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Durante a reunião, os deputados do Psol anunciaram a intenção de obstruir a votação da matéria. "Reforço o apelo para que não se vote hoje [terça] a PEC e para que se faça um debate mais amplo com a sociedade, porque essa anistia é péssima para a democratização dos espaços de poder no parlamento", disse o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP).

Pelo texto, ficam livre das punições as legendas que cometeram irregularidades em prestações de contas anteriores a 5 de abril de 2022. Um trecho incluído pela comissão especial também estende a anistia para as fundações partidárias e impede a suspensão do registro de diretórios que não prestaram contas.

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Anistia pode custar R$ 23 bilhões

De acordo a Constituição, prestar contas à Justiça Eleitoral é pré-requisito para o funcionamento dos partidos. A anistia pode custar R$ 23 bilhões — consideradas apenas as contas pendentes de julgamento.

A proposta passou em maio pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de, no mínimo, 60% dos parlamentares (308 de 513, na Câmara; e 49 de 81, no Senado), em dois turnos de votação em cada Casa. Caso isso ocorra, ela é promulgada e passa a valer, não havendo possibilidade de veto do Poder Executivo.

Para que a proposta entre em vigor já nas próximas eleições municipais, ela precisa ser aprovada no Congresso até 6 de outubro — um ano antes do primeiro turno do pleito de 2024.

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