CGU investiga se cartão de vacina de Bolsonaro foi adulterado
A apuração é sigilosa e não está concluída; ex-presidente impôs sigilo de 100 anos sobre dados do cartão de vacinação
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com máscara facial de proteção contra o coronavírus](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/TFU4WEPN5BLWFDML2NTSLBOEXI.jpg?auth=f6178c265ac2cd759e058b61764b6843dc616bdc145e3149423902b04c03506d&width=1500&height=1000)
A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou nesta sexta-feira (17) que investiga a suspeita de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em meio à crise de Covid-19, o ex-chefe do Executivo deu declarações em que dizia que não tomaria a vacina porque já havia sido "imunizado" ao contrair o coronavírus.
"Há, de fato, uma investigação preliminar sumária em curso no âmbito da Corregedoria-Geral da União (CRG) [ligada à CGU], iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro", confirmou o órgão, em nota.
A investigação corre em sigilo e ainda não foi concluída. Por isso, a CGU submeteu a matéria à avaliação da Consultoria Jurídica para emitir parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão. O R7 tenta contato com a defesa do ex-presidente.
Bolsonaro pôs em dúvida a eficácia da vacina mais de uma vez, mesmo quando os imunizantes já haviam sido liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quando questionado sobre ter se imunizado ou não, o ex-presidente decretou sigilo de 100 anos em seu cartão de vacinação.
A CGU avalia os pedidos de quebra de sigilo dos dados de vacinação do ex-presidente que foram feitos por veículos de comunicação. Segundo o órgão, o prazo para analisar os recursos relacionados vai até 13 de março.