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Comissão do Senado aprova pedido para ouvir ex-diretor da Abin sobre suposta omissão no 8 de Janeiro

Senadores afirmaram que Saulo Moura da Cunha não agiu durante os atos de vandalismo nas sedes dos três Poderes

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Senado, em Brasília, onde está instalada a CRE
Senado, em Brasília, onde está instalada a CRE Senado, em Brasília, onde está instalada a CRE

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou nesta quinta-feira (27) um pedido para ouvir o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, que estava à frente da agência durante os atos extremistas do 8 de Janeiro, em Brasília. O depoimento ainda não tem data marcada.

A iniciativa de ouvir Cunha partiu do senador Esperidião Amin (PP-SC), para quem a Abin foi "omissa" durante o episódio de depredação às sedes dos três Poderes.

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Dias antes do 8 de Janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) enviou um relatório sigiloso, elaborado pela Abin, ao Congresso Nacional. O encaminhamento do documento mostraria que o governo federal sabia da possibilidade de eventuais ataques.

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A agência informou que tinha identificado a convocação de diversas caravanas com direção à capital federal. No texto, a Abin teria apontado os riscos de eventuais distúrbios, mas nada foi feito.

À época, interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disseram que ele teria ficado incomodado com a falta de ação do general Gonçalves Dias, que comandava o GSI no dia 8 de janeiro.

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A confirmação do depoimento do então reponsável pela Abin ocorre na esteira de trocas de servidores do GSI. Nesta quarta (26), Ricardo Cappelli — que ocupa o ministério interinamente após a demissão de Gonçalves Dias — exonerou 29 servidores a pedido de Lula.

Abin: do GSI para a Casa Civil

Cappelli anunciou nesta quinta-feira (27) que outros 58 servidores também serão dispensados, em razão da "renovação do quadro de funicionários do GSI". Até março deste ano, a Abin era ligada ao GSI. Após o 8 de Janeiro, porém, Lula transferiu o comando da agência para a Casa Civil.

Servidor de carreira da Abin desde 1999, Saulo Moura da Cunha coordenou as ações de inteligência relacionadas à organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, eventos esportivos realizados no Brasil.

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