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Lula transfere comando da Abin para a Casa Civil

Agência Brasileira de Inteligência sai do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e fica subordinada ao ministro Rui Costa

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Agência Brasileira de Inteligência passa a integrar a Casa Civil da Presidência da República
Agência Brasileira de Inteligência passa a integrar a Casa Civil da Presidência da República Agência Brasileira de Inteligência passa a integrar a Casa Civil da Presidência da República

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) passa a integrar a Casa Civil da Presidência da República e deixa de fazer parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O decreto com a mudança foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (2) e é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a mudança, a Abin fica subordinada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e deixa de ser comandada pelo general Gonçalves Dias, chefe do GSI. 

O presidente já tinha manifestado a intenção de promover a mudança, sobretudo após os atos extremistas que depredaram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Um relatório sigiloso enviado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao Congresso Nacional mostrou que o governo federal havia sido informado sobre os eventuais ataques.

A Abin afirmou que identificou a convocação de diversas caravanas com direção à capital federal. No texto, a agência teria informado dos potenciais distúrbios, mas nada foi feito. De acordo com interlocutores, Lula teria ficado incomodado com a falta de ação do general Gonçalves Dias.

O relatório do GSI foi enviado a órgãos do governo e, depois, em 20 de janeiro, à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI). Ele foi assinado pelo chefe do GSI, Gonçalves Dias. O alerta, por sua vez, foi feito pela Agência Brasileira de Inteligência, subordinada ao GSI.

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O relatório sigiloso produzido pela Abin contrasta com as declarações de Lula. Desde os ataques, o petista tem criticado as forças de segurança do Distrito Federal pela suposta ausência nos ataques extremistas. Em 12 de janeiro, Lula recebeu os jornalistas para um café da manhã e afirmou estar convencido de que alguém tinha aberto as portas do Palácio do Planalto para que os extremistas invadissem e depredassem o prédio.

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"Estou esperando a poeira baixar, mas quero ver as fitas que foram gravadas dentro do Supremo Tribunal Federal, do Planalto. Teve muita gente conivente, muita gente da PM conivente, muita gente das Forças Armadas conivente. Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que gente entrasse, porque não tem porta quebrada. Significa que alguém facilitou a entrada", disse Lula na ocasião.

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