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DF anuncia provas para avaliar impactos da pandemia em alunos

Secretaria de Educação quer provas para identificar fragilidades de aprendizagem e facilitar planejamento de ações que as minimizem

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Aulas retornam na segunda-feira (14)
Aulas retornam na segunda-feira (14) Aulas retornam na segunda-feira (14)

O foco do ensino público do Distrito Federal em 2022 será a recomposição das atividades perdidas nos anos de 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19. A Secretaria de Educação anunciou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9), que pretende aplicar provas para realizar um diagnóstico dos problemas de aprendizagem e minimizá-los com ações específicas. 

A secretária da pasta do DF, Hélvia Paranaguá, destacou o estudo da organização Todos pela Educação, que indicou aumento de 66,3% no número de crianças de 6 e 7 anos de idade que não sabem ler e escrever. O ano letivo começará na próxima segunda-feira (14).

“Um foco que nós temos para 2022 é a recomposição das atividades perdidas. É olhar para os estudantes que o Todos pela Educação trouxe. Fomos pegos de surpresa [pela pandemia]. Não tínhamos tecnologia para atender todos os alunos. Nós e o país. Todos os estados estão em pé de igualdade."

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A secretaria fará uma avaliação diagnóstica, uma prova que será aplicada entre 15 e 16 de março, com resultado divulgado em 18 de março, para crianças do segundo ano do ensino fundamental até adolescentes do terceiro ano do ensino médio, incluindo os estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

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De acordo com a subsecretária de Educação Básica da secretaria, Solange Foizer, as provas servirão para identificar as fragilidades das aprendizagens dos estudantes. “A partir do diagnóstico, faremos um planejamento de ensino, plano de aula que atenda a essas especificidades”, destacou Foizer.

Temos uma preocupação muito grande com a alfabetização na idade certa%2C e a alfabetização por conta da pandemia também está em defasagem. Por isso%2C se estabeleceu parceria com a UnB [Universidade de Brasília]%2C em que os estudantes que estão fazendo licenciatura em pedagogia estarão dando suporte%2C como estagiários dentro das unidades escolares%2C a partir do momento do resultado da avaliação

(Solange Foizer)

Foizer admitiu que a secretaria não tem o levantamento de quantas crianças não foram alfabetizadas no momento correto devido à pandemia. “Não temos o dado da proficiência leitora, escritora e de solução de problemas e cálculo. Por meio dessa avaliação, nós teremos um retrato fidedigno de como as crianças estão”, garantiu.

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Covid-19

Hélvia Paranaguá disse que não cobrará a vacinação de professores e estudantes na rede pública de ensino. A secretária destacou que tomou as três doses, que acredita na vacinação, mas que não pode criar gargalos na entrada das escolas quando há indício de atraso na alfabetização de crianças. Já o cartão de vacinação tradicional será cobrado.

“O passaporte de vacina não será cobrado nem para professores nem para estudantes. Nesse momento em que 66% dos estudantes deviam estar alfabetizados e não estão, qualquer objeção, qualquer entrave, será uma segregação ainda maior”, argumentou a secretária. “Desde ontem (8) até sábado, temos uma lista de UBSs [Unidades Básicas de Saúde] vacinando especificamente estudantes de 5 a 11 anos”, completou.

Sobre o risco de contaminação nas unidades, a secretária afirmou que cada unidade tem dois profissionais aptos a alimentar um sistema da Secretaria de Saúde e informar casos de estudantes e professores que serão encaminhados à UBS mais próxima. Hélvia disse ter conversado com o secretário de Saúde, general Pafiadache, para pedir um número maior de testes de Covid-19 para as UBSs destacadas para atender a cada uma das regionais de ensino.

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