Distrito Federal registra crescimento de 23% em acidentes com animais peçonhentos
Capital registrou no ano passado 3,3 mil casos, sendo mais de 81% deles causados por escorpiões; veja cuidados
Brasília|Do R7, em Brasília
![Mais de 80% dos acidentes são com escorpiões](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/NE3GSFEKPFLXFLERYZSNRMM7OM.jpg?auth=ec8fba1c3a3f7c4b27e1e4691e389d2929926ab745a3d41976b7570cb8e12fbe&width=442&height=240)
O Distrito Federal registrou um aumento de 23% em acidentes com animais peçonhentos em 2023 em comparação com o ano anterior. Segundo a Secretaria de Saúde, foram 3.359 casos notificados, contra 2.730 em 2022, sendo que 81,9% deles provocados por escorpiões. As ocorrências são seguidas por casos de abelhas (5%), aranhas (3,9%), cobras (3,2%) e lagartas (2,6%). Outros 3,4% não tiveram o animal identificado.
Entre os moradores do DF, nenhuma morte foi registrada. A pasta notificou o atendimento de um homem que morava em um município goiano que procurou assistência médica 24 horas após ser picado por uma cobra, mas não resistiu e morreu no hospital.
De acordo com a diretora de Vigilância Ambiental da Saúde, Kênia Cristina de Oliveira, o número de unidades com soros antivenenos é essencial para atender as ocorrências de forma mais rápida. "Ter a descentralização de soros que permite o tratamento imediato é determinante para evitar óbitos", afirma. Ao todo, 45% dos casos tiveram atendimento em menos de uma hora e 71,1% em menos de três horas, segundo a Secretaria de Saúde.
Casos com crianças
Com menor peso corporal, o público infantil é alvo de maior preocupação em acidentes com animais peçonhentos. Ao longo de 2023, foram 69 dos casos classificados como graves no DF, sendo 34 em crianças de até 10 anos - quase todas precisam realizar terapia com soro. Em todas as faixas-etárias, 334 pessoas precisaram fazer soroterapia.
Apesar da potencial gravidade, estes casos são exceções: 82,2% das ocorrências (3.140) foram classificadas como leves em 2023.
Veja faixa-etária das vítimas:
Crianças até 9 anos - 12,3% dos casos;
10 a 19 anos - 14,6% dos casos;
20 e 59 anos - 61,4% dos casos; e
Acima de 60 anos: 11,7% dos casos.
Principais cuidados
Caso seja picado por alguma animal peçonhento, a orientação é lavar o local com bastante água e sabão, manter o local da mordida elevado e procurar um atendimento médico de forma imediata. É indicado também retirar acessórios como anéis, fitas ou calçados apertados.
Em hipótese alguma pode-se fazer torniquete ou garrote, furar ou cortar o local para tentar sugar o veneno. Os profissionais também indicam que, se possível, o paciente capture o leve o animal para o atendimento ou registre qual foi o bicho para descrever detalhes para a equipe de saúde.
O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência atendem as ocorrências pelos números 193 e 192, respectivamente. O Centro de Informações Toxicológicas do DF atende pelos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001.
Os ataques de escorpião são motivo de emergência em saúde. Por se tratar de animais peçonhentos, as investidas de escorpiões demandam pronto-atendimento médico em busca do soro. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 154 mil pessoas foram picada...
Os ataques de escorpião são motivo de emergência em saúde. Por se tratar de animais peçonhentos, as investidas de escorpiões demandam pronto-atendimento médico em busca do soro. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 154 mil pessoas foram picadas pelo aracnídeo. Para evitar tais ataques, veja a seguir curiosidades e dicas de como se proteger deles
A Secretaria de Saúde orienta que as pessoas tomem cuidado ao limpar e organizar jardins e quintais, assim como ao mexer em redes de esgoto ou mesmo em dutos de passagem de cabos telefônicos e de energia. Vale lembrar que as baratas atraem escorpiões e aranhas, que são seus predadores naturais, enquanto ratos são atrativos para cobras.
Também é necessário observar calçados, roupas, toalhas, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los.