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Em depoimento, Bolsonaro nega saber de suposto esquema para fraudar cartão de vacinação

Ex-presidente depôs na Polícia Federal na tarde desta terça (16); ele afirmou aos agentes que não se vacinou

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, e Hariane Bittencourt, da Record TV, em Brasília

Depoimento ocorreu na sede da PF, em Brasília
Depoimento ocorreu na sede da PF, em Brasília Depoimento ocorreu na sede da PF, em Brasília

Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal, durante depoimento na tarde desta terça-feira (16), não saber quaisquer informações acerca de suposto esquema que fraudou dados de vacinação contra a Covid-19. O ex-presidente chegou à PF, na área central de Brasília, por volta das 13h30 e deixou o prédio pouco antes das 18h. 

No depoimento, ao qual o R7 e a Record TV tiveram acesso, Bolsonaro admitiu conhecer Ailton Barros Gonçalves — preso desde 3 de maio por suspeita de envolvimento no esquema. Ele estava acompanhado dos advogados e do ex-secretário de Comunicação Social de sua gestão Fábio Wajngarten, que também atua na defesa.

À PF, Bolsonaro afirmou que "se Mauro Cid arquitetou [esquema fraudulento de cartões de vacinação] foi à revelia, sem qualquer conhecimento ou orientação" do ex-presidente. Ele destacou, contudo, que acredita na inocência do ex-ajudante de ordens.

"[...] Não determinou a inserção de dados fraudulentos nos sistemas; que acredita que Mauro Cid não tenha arquitetado a inserção de dados falsos em seu nome e em nome da sua filha no sistema do Ministério da Saúde; que esclarece que a todo momento ecoou ao mundo que não foi vacinado; que comprou mais 500 milhões de doses de vacina; que respeitou a liberdade de cada brasileiro de tomar ou não a vacina, e autonomia do médico", escreveu a PF.

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Os agentes perguntaram a Bolsonaro se Ailton Barros teria repassado mensagens com conteúdos extremistas. "Indagado sobre o motivo de Ailton Barros ter encaminhado ao declarante pautas contendo ataques ao Estado Democrático de Direito e às instituições democráticas, respondeu que não participou ou orientou qualquer ato de insurreição ou subversão contra o Estado de Direito", conforme consta no depoimento.

O ex-presidente afirmou, ainda, que a filha, Laura, também não se vacinou contra a Covid-19. "[...] Ao entrar nos EUA sua filha se declarou como 'não vacinada' contra a covid-19."

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O depoimento ocorreu dentro da Operação Venire, que investiga a atuação de uma suposta associação criminosa que, segundo a PF, inseria dados falsos de vacinação nos sistemas públicos. Bolsonaro deveria ter dado esclarecimentos à PF no dia da ação, mas optou por não fazer por falta de acesso aos autos do inquérito.

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O ex-presidente afirmou não saber acessar o ConecteSUS, sistema do Ministério da Saúde responsável por registrar e comprovar a imunização dos cidadãos brasileiros. Segundo Bolsonaro, era o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que gerenciava a conta. Cid também está preso por suspeita de envolvimento nas ações de falsificação.

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