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JR Entrevista: 'Nossa parceria é forte, mas podemos fazer mais', diz embaixador suíço no Brasil

Pietro Lazzeri falou sobre relações econômicas, ouro brasileiro e parcerias em inovaçãoe sustentabilidade entre Brasil e Suíça

Brasília|Do R7, em Brasília


Embaixador suíço, Pietro Lazzeri é o convidado do JR Entrevista
Embaixador suíço, Pietro Lazzeri é o convidado do JR Entrevista

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, é o convidado do JR Entrevista que vai ao ar nesta quinta-feira (18) às 19h45. Ele conversou com a jornalista Natalie Machado sobre as relações comerciais entre os dois países, e as parcerias em inovação, tecnologia e sustentabilidade, além de temas importantes como a exportação de ouro brasileiro para o país europeu.

O programa vai estar disponível na Record News, no Portal R7, nas redes sociais e no PlayPlus

Lazzeri falou sobre o esforço da Suíça na rastreabilidade do ouro que o país importa do Brasil. “Acabamos de realizar um seminário sobre a rastreabilidade do ouro na Suíça. Convidamos parceiros brasileiros. Tem uma nova tecnologia muito importante que trabalha e tem a capacidade de identificar de onde o ouro está saindo”, disse o diplomata. “Então é um esforço conjunto que estamos fazendo com as autoridades brasileiras”, acrescentou. O embaixador disse ainda que é importante saber a origem do ouro e por onde o metal precioso circulou até chegar à Suíça.

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Sobre as relações entre Brasil e Suíça, Lazzeri disse que o Brasil é um país prioritário no aspecto econômico e comercial e, também, em pesquisa, inovação e sustentabilidade. “Temos um ‘triângulo’ em que trabalhamos em economia, inovação e pesquisa", afirmou.

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Sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o embaixador disse que a neutralidade da Suíça não é indiferença. “Estamos muito tristes de observar a guerra no nosso continente. O impacto é claro. Temos 100 mil refugiados da Ucrânia na Suíça. O impacto econômico também é claro, do ponto dos custos da energia. As nossas empresas também têm um impacto claro. Mas também a violência e a violação do direito internacional. A Suíça olhou com muita preocupação o feito em que um país ataca outro país. O que fazer? Todos queremos a paz. Todos queremos o respeito ao direito internacional. A questão complicada é como chegar a essa paz. A Suíça, no passado, deu a sua contribuição. Nós organizamos muitos encontros relativos ao Donbass, para promover o diálogo, com muita ajuda humanitária. Agora o desafio para todos é parar essa violência, esse impacto terrível sobre nosso continente”, afirmou.

O embaixador disse também que a Suíça estar na presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU é “um imenso desafio”. “Nosso ministro fez uma proposta para avançar com uma paz sustentável. Em 23 de maio vamos lançar outro evento com o nosso presidente falando de um tema fundamental na Ucrânia, mas não só [lá]: a proteção da população civil nos conflitos armados. Tem o problema humanitário, têm as discussões… O problema nesta fase é chegar a um diálogo profundo entre os atores implicados no conflito. A Suíça humildemente vai dar sua contribuição e Genebra é a capital mundial da paz. E fica à disposição para conversa e encontro entre os atores implicados”, disse o diplomata suíço.

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O embaixador citou que a Suíça está entre os maiores investidores no Brasil com cerca de 500 empresas que atuam em diversas áreas. “A nossa parceria é forte, mas podemos fazer mais. Precisamos fazer mais, porque as oportunidades dos dois lados são muitas”, disse Lazzeri. “Vamos ter aqui [no Brasil] o nosso ministro da Economia com nosso negociador chefe em julho", afirmou. O embaixador explicou também como vai funcionar a plataforma para conectar as oportunidades em inovação entre o Brasil e a Suíca. “Temos aqui [no Brasil] um escritório científico, temos mais de 60 projetos de pesquisa de alto nível, e tem uma área onde podemos fazer ainda mais. Por exemplo, a bioeconomia. Outra área é o futuro da energia. Então temos áreas estratégicas onde podemos fazer mais,” afirmou.

Sobre a visita prevista do presidente suíço ao Brasil, o embaixador disse que haverá várias pautas. “Em primeiro as relações econômicas e comerciais. Segundo a inovação, a ciência e a tecnologia. A terceira área é o meio ambiente e a sustentabilidade”, enumerou.

Outro assunto abordado na entrevista é a restauração do relógio destruído nos ataques de 8 de janeiro, nas sedes dos Três Poderes. Especialistas suíços avaliaram que é possível consertar o relógio de Balthazar Martinot, danificado por extremistas durante a invasão do Palácio do Planalto. “Ficamos todos impressionados e tristes e a Suíça já está contribuindo de maneira construtiva e, para nós, não é só a restauração, é também cuidar da memória, do patrimônio histórico de um país. Os especialistas dos dois lados estão se falando e, muito em breve, teremos uma delegação suíça chegando aqui, para trabalhar com o Ministério da Cultura, o Iphan e especialistas brasileiros. Então estamos avançando bem.

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