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Lula diz que Brasil pode importar arroz e feijão em função das chuvas no Rio Grande do Sul

As enchentes no estado gaúcho afetaram a produção agrícola, principalmente de arroz, soja e trigo, além da pecuária

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Eduardo Leite e Lula em visita a Canoas (RS) (Mauricio Tonetto/Secom - 5.5.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil pode importar arroz e feijão na tentativa de mitigar os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul e o consequente impacto nas safras. A declaração foi dada nesta terça-feira (7) em entrevista à EBC (Empresa Brasil de Comunicação), em Brasília. Até o momento, 90 pessoas morreram em decorrência dos temporais.

“Com a chuva, eu acho que nós atrasamos de vez a colheita do arroz no Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, afirmou Lula.

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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou na manhã desta terça-feira (7) que o número de mortes subiu para 90. Além disso, 155.741 pessoas estão desalojadas e mais de 1 milhão foram impactadas de alguma forma pelas chuvas. Outros quatro óbitos ainda estão sendo investigados. Dos 497 municípios do estado, 388 foram atingidos com as enchentes.

As chuvas afetaram a produção agrícola, principalmente de arroz, soja e trigo, além da pecuária. A logística foi comprometida, com estradas obstruídas por barreiras e pontes que caíram. Isso deve impactar, além do abastecimento do estado, os preços dos alimentos no país. Segundo economistas, a expectativa é um aumento de preços nesses produtos nas próximas semanas, devido à calamidade pública no estado.

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O estado é o maior produtor do principal alimento do prato brasileiro — responde por cerca de 70% do total de arroz no país. Para este ano, a expectativa é colher 7,47 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Apesar da colheita ter terminado em abril na maioria das lavouras, o produto deve ser o mais afetado.

“Acho que mesmo que essa tragédia tenha acontecido depois do auge da colheita, ficam os prejuízos e a dúvida de como vai ser a próxima, de como essa chuva compromete o solo, não só para arroz, como para outras culturas que são importantes. Chuvas nessa proporção impedem a colheita e impedem também o plantio. Isso atrasa ciclos produtivos, mas a gente só vai ter certeza do tamanho desse estrago quando a chuva finalmente baixar, porque vai depender da cultura”, analisa o economista André Braz, do IBRE/FGV.

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