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Mandado contra Jordy foi motivado por troca de mensagens com liderança de atos extremistas

PGR cita que parlamentar 'possivelmente detinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas'

Brasília|Gabriela Coelho e Bruna Lima, do R7, em Brasília


PF faz busca e apreensão em gabinete de Jordy
PF faz busca e apreensão em gabinete de Jordy Reprodução/Record TV

O mandado expedido contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) teve como motivação a troca de mensagens entre o parlamentar e um líder de movimentos extremistas que encabeçou paralisações em rodovias após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a relação "transpassa o vínculo político", denotando que Jordy "tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas". 

Na manifestação, a PGR contabiliza 627 registros de trocas de mensagens entre Jordy e Carlos Victor de Carvalho. A procuradoria define Carvalho como "liderança da extrema-direita responsável por administrar mais de 15 grupos de WhatsApp" e diz que há "robustos elementos de informação de que ele organizou eventos antidemocráticos na cidade de Campos dos Goytacazes". O extremista foi alvo de uma operação em 16 de janeiro, chegou a ser preso por envolvimento nos atos antidemocráticos, mas foi solto e responde em liberdade.

Em conversa entre Carvalho e Jordy, em 1º de novembro de 2022, o extremista pede orientação do parlamentar. "Bom dia, meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo", escreve. Na data, houve registro de bloqueios em rodovias por todo o país, como forma de protesto pelo resultado das eleições.

A PGR também cita um contato feito entre os dois quando Carvalho se encontrava foragido. Na decisão que autorizou o cumprimento do mandado contra o parlamentar, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirma que a conversa enquanto Carvalho estava foragido, além da conexão pelas demais mensagens, são "fatos suficientes a justificar a necessidade de que [Jordy] seja investigado". Para Moraes, são "fortes os indícios de envolvimento de Carlos Jordy nos delitos apurados na presente investigação, mediante auxílio direto na organização e planejamento."

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O que diz Jordy

Pelas redes sociais, o parlamentar confirmou que teve o celular e uma arma apreendidos e afirmou também que os agentes não encontraram nada para o "incriminar". Em um vídeo postado nas redes sociais, o deputado relata que teria sido acordado 6h da manhã enquanto dormia com a filha e a esposa. "Em momento algum do 8 de Janeiro incitei ou falei para as pessoas que aquilo era correto. Pelo contrário, nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois do 8 de Janeiro", afirmou.

Operação Lesa Pátria

A operação Lesa Pátria — realizada pela Polícia Federal para identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos — soma 97 mandados de prisão preventiva cumpridos, além de 323 de busca e apreensão. O balanço considera a nova fase deflagrada nesta quinta-feira (18), mirando Jordy. O gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados, o apartamento funcional e a casa em Niterói foram alvos de busca e apreensão. 

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Além dos mandados, a PF divulgou o balanço de valores estimados apreendidos até a 23ª fase da operação, confira abaixo:

• Valores de bens apreendidos: R$ 11.692.820,29

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• Valores de veículos apreendidos: R$ 5.032.147,00

• Valores de ônibus apreendidos: R$ 8.400.000,00

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