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Ministro da Agricultura vai à Jordânia negociar potássio

Ainda estão previstas visitas ao Marrocos e ao Egito; Marrocos é o segundo maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados

Brasília|Do R7, em Brasília


Delegação brasileira visitou uma das maiores fábricas de potássio do mundo
Delegação brasileira visitou uma das maiores fábricas de potássio do mundo

Uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento chegou neste sábado (7) à Jordânia, no Oriente Médio. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, está no país, que é o 7º maior produtor mundial de potássio, para negociar a importação do insumo agrícola.

Com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil corre para evitar o risco de ficar sem potássio, mineral presente em fertilizantes utilizados por agricultores. A Rússia é o principal fornecedor para o Brasil de adubos à base da substância. 

O ministro visitou já neste sábado uma das maiores fábricas de potássio do mundo, que produz mais de 2,4 milhões de toneladas por ano. Após se reunir com o CEO da empresa, Maen Nsour, o ministro afirmou que o Brasil deve receber 500 mil toneladas de potássio até o ano que vem. "Quem sabe, em um tempo de espaço muito curto, de dois ou três anos, nós receberemos um milhão e 200 mil toneladas das mãos dessa empresa", disse o ministro.

Estão previstas também reuniões do ministro Marcos Montes com o ministro da Agricultura da Jordânia, Khaled Musa Henefat, e com o ministro da Indústria, Comércio e Abastecimento, Youssef Al-Shamal.

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Escritório no Brasil

Durante a visita da delegação brasileira, o CEO da empresa jordaniana anunciou que eles deverão abrir um escritório no Brasil em breve. O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual chega a cerca de 95%. Em 2021, as importações brasileiras de fertilizantes foram superiores a 41 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.

Egito e Marrocos

Na segunda-feira (9), a delegação do ministério da Agricultura chega ao Cairo, no Egito, onde o ministro Marcos Montes deve se reunir com o vice-ministro da Agricultura, Moustafa El Sayeed, e com o ministro do Abastecimento, Aly Al Moselhy. Também estão previstas reuniões com representantes do setor de fertilizantes e de proteína animal.

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Na quinta-feira (12), a comitiva chega a Marrocos para uma reunião com o Ministro da Agricultura marroquino, Mohammed Sadiki. O Marrocos é o segundo maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, responsável por cerca de 17% da produção global. Em 2021, o Brasil importou mais de US$ 1,6 bilhão em fertilizantes do Marrocos.

Fertilizantes importados

De acordo com o governo, mais de 85% dos fertilizantes usados na produção agrícola do Brasil vêm do exterior. Os russos estão entre os dez maiores fornecedores. Mas com o país em guerra, a importação e o transporte das substâncias estão ameaçados. De todos os nutrientes usados, a dependência do nitrogênio chega a 70%; fósforo: 50% e potássio: 96%. E, de acordo com o geólogo da Embrapa, Éder Martins, aumentar o número de fornecedores pode ser uma solução. 

"Outra [opção] é desenvolver estratégia de manejo para aumentar a eficiência de uso de nutrientes. Isso envolve sistemas mais intensivos no ponto de vista biológico, com várias culturas ao longo do tempo, fazendo rotação de culturas, e sistemas que têm raízes profundas para reciclar os nutrientes", disse o geólogo.

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