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Ministros discutem na segunda suspensão de consignados por bancos após redução de juros

O ministro da Casa Civil quer encontrar com Fernando Haddad e Carlos Lupi após os bancos suspenderem essas operações 

Brasília|Plínio Aguiar e Camila Costa, do R7, em Brasília

Prédio do INSS na região central da cidade de São Paulo (SP)
Prédio do INSS na região central da cidade de São Paulo (SP) Prédio do INSS na região central da cidade de São Paulo (SP)

Após os bancos suspenderem de forma temporária a concessão de crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, quer uma reunião com os colegas Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Lupi (Previdência) na próxima semana para definir a situação.

A reportagem apurou que um grupo de trabalho do tema pode ser criado na tentativa de resolver o problema.

Empréstimo consignado

Na última quinta-feira (16), os bancos suspenderam a concessão de crédito consignado. A medida ocorreu após o Conselho Nacional de Previdência Social ter aprovado a redução de 2,14% para 1,7% ao mês o teto de juros para essas operações de crédito.

Entre os bancos que anunciaram a decisão estão Itaú, Mercantil Brasil, Banco Pan e Daycoval. Atualmente, cerca de 14,5 milhões de aposentados do INSS têm empréstimo de consignado, com valor médio de R$ 1.576,19.

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Desgaste político

A mudança nos juros no momento atual de restrição de oferta de crédito ocorreu sem o consentimento do Ministério da Fazenda. Ela foi feita pelo Ministério da Previdência, e acabou criando um embaraço para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que uma eventual reversão da medida teria alto custo político para o governo.

A alteração gerou desconforto também por parte do Congresso. Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que a medida mostra despreparo da equipe ministerial de Lula e indica um apelo a “políticas públicas populistas” e de “improviso”. "No Brasil do PT, criou-se um banco central paralelo, que baixa juros levando em consideração necessidades político-partidárias e desconhece fundamentos econômicos", afirmou.

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Entenda

A Resolução nº 1.350 do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) fixa o teto máximo de juros ao mês para as operações de empréstimo consignado em benefício previdenciário em 1,70%. Para as operações realizadas por meio de cartão de crédito e cartão consignado de benefício, a taxa máxima passa a ser de 2,62%.

A decisão de baixar os juros foi deliberada em reunião do conselho na última segunda-feira (13), por 12 votos favoráveis contra três, e impacta somente os novos contratos. Os acordos já vigentes permanecem com as taxas anteriormente contratadas.

O INSS publicará normativo interno adotando as medidas necessárias para a operacionalização da mudança para os segurados. Com a publicação da nova instrução normativa, fica proibida a oferta de empréstimos e cartões com as taxas anteriores.

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