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Crédito consignado do INSS começa o ano com volume 20% maior 

O saldo passou de R$ 192 bilhões para R$ 230,5 bilhões, de janeiro de 2022 para o mesmo período deste ano, segundo o BC

Economia|Do R7

Crédito consignado do INSS teve redução da taxa de juros
Crédito consignado do INSS teve redução da taxa de juros

O volume do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) voltou a bater recorde em janeiro, com um total de R$ 230,5 bilhões contratados. De acordo com dados do Banco Central, é o maior número já registrado na modalidade de empréstimo para esse público.

Nos últimos 12 meses, o valor total aumentou 20%. Em janeiro de 2022, era de R$ 192 bilhões. A modalidade é concedida a quem tem aposentadoria ou pensão creditada em conta-corrente. Pelo fato de o valor ser descontado diretamente na folha, é uma opção de empréstimo fácil e com juros baixos.

Com a aprovação nesta segunda-feira (13), pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), a taxa-limite de juros passou de 2,14% para 1,70% ao mês para o empréstimo pessoal consignado, e de 3,06% para 2,62% ao mês para o cartão consignado.

O segurado pode comprometer até 45% do benefício, 35% com empréstimo pessoal, 5% com cartão de crédito e 5% com cartão de benefício, criado no ano passado. O empréstimo pode ser pago em até 84 meses, ou sete anos.


Com isso, a orientação é redobrar os cuidados para se beneficiar da medida sem aumentar o endividamento das famílias. "O aposentado tem que tomar muito cuidado para não comprometer sua renda com os empréstimos consignados", alerta o advogado João Badari, do escritório Aith, Badari e Luchin.

Porém, ele afirma que a modalidade é a melhor opção para esse público. "É a garantia de quem está emprestando de que vai receber, porque vem descontado direto na folha de pagamento do benefício."


Para o advogado, o aumento do volume do consignado é preocupante. "Isso mostra que cada vez mais as pessoas estão se socorrendo desse empréstimo. Demonstra ainda o endividamento do brasileiro", avalia.

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Segundo o diretor executivo de sustentabilidade, cidadania financeira, relações com o consumidor e autorregulação da Febraban, Amaury Oliva, a parcela precisa caber no bolso, e não pode comprometer o pagamento de outras contas.


“É muito importante que o consumidor confira as regras atentamente com o banco antes de assinar o contrato, e nunca aceite propostas pelo telefone, sem ler antes o que está contratando", orienta Oliva.

"Nenhum empréstimo deve ser contratado como opção de investimento. O consumidor também não deve contratar empréstimos em nome de terceiros, sob o risco de acabar se enrolando e ter de pagar a dívida até o fim”, acrescenta.

Confira os cuidados na hora de contratar o empréstimo

• Não realize nenhum tipo de adiantamento nem pagamento para obter o empréstimo.

• Pesquise e compare as taxas de juros e as condições oferecidas por outras instituições. Em especial, repare no Custo Efetivo Total (CET), que resume, em um único indicador, o preço da operação.

• Verifique se a instituição financeira está autorizada a funcionar pelo Banco Central e se está conveniada com sua fonte pagadora; por exemplo, no caso dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS, se a instituição está conveniada com o INSS.

• Nunca assine um contrato nem uma proposta de contrato em branco.

• Não aceite a intermediação de pessoas com promessas de acelerar o crédito.

• Não forneça o cartão magnético nem a senha do banco a terceiros.

• Lembre-se de que esse tipo de operação representa dívidas que poderão afetar a administração da renda pessoal e familiar futura, em razão do comprometimento mensal dos benefícios com o pagamento do empréstimo.

• Caso haja interesse em realizar a portabilidade do contrato, será importante ler atentamente as informações sobre portabilidade de crédito.

Fonte: Banco Central

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