Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Moraes rejeita pedido da PGR e mantém inquérito sobre Bolsonaro

Ministro do STF determinou envio de material de notícia de fato que envolve fala em que presidente relaciona vacina à Aids

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília, e Clébio Cavagnolle, da Record TV

Sede da PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília (DF)
Sede da PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília (DF) Sede da PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília (DF)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou trancar a investigação na PGR (Procuradoria-Geral da República) que fazia objeções ao inquérito que apura a transmissão ao vivo pelas redes sociais em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associou, sem evidências científicas, a vacina contra a Covid-19 à Aids.

Moraes estabeleceu ainda um prazo de 24 horas para que a PGR encaminhe a ele e à Polícia Federal todo o material sobre o assunto, mesmo que a notícia de fato tramite em caráter sigiloso. Se desobedecerem à ordem, os procuradores estarão sujeitos a "pena de desobediência à ordem judicial e obstrução de Justiça".

Inquérito sobre Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes havia determinado a abertura de inquérito sobre o presidente Jair Bolsonaro pela divulgação de notícias falsas. O magistrado atendeu a um pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, feito em razão de uma transmissão ao vivo em que o chefe do Executivo associou a vacinação ao desenvolvimento da Aids, o que é cientificamente incorreto.

As declarações do presidente ocorreram em 22 de outubro. Ele leu um texto, atribuído a fontes oficiais do Reino Unido, que ligava a imunização contra a Covid-19 ao desenvolvimento da doença imunológica. No entanto, essa ligação não existe, as informações eram falsas e, por esse motivo, o vídeo foi removido por Facebook, YouTube e Instagram.

Publicidade

O texto lido por Bolsonaro dizia que as pessoas vacinadas estavam desenvolvendo Aids "muito mais rápido que o previsto". O texto não é do governo do Reino Unido e não se refere a nenhuma pesquisa científica. As declarações foram desmentidas posteriormente pelo presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.

O inquérito é conduzido pela Polícia Federal, e o relatório final deve ser encaminhado ao Supremo.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.