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Moro contesta relatório do CNJ que aponta parcialidade e falta de transparência na Lava Jato

Segundo o ex-juiz, o próprio documento mostra que ‘foram devolvidos para a Petrobras cerca de R$ 2,2 bilhões’

Brasília|Do R7, em Brasília

Relatório do CNJ aponta falta de transparência de Moro

O ex-juiz Sergio Moro divulgou nota nesta terça-feira (16) em que contesta o relatório do do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que aponta a suposta intenção dele e de desembargadores na Operação Lava Jato de realizar acordos contrários ao ‘interesse público’ e da ‘sociedade brasileira’.

O relatório concluiu que existiu uma articulação progressiva entre o então magistrado, procuradores e advogados da Petrobras para a realização desses acordos.

Segundo o ex-juiz, o próprio documento aponta que foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13ª Vara de Curitiba para a Petrobras cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado.

Sobre a suposta atuação para criar uma fundação privada com 50% do valor e o restante para acionistas da empresa que tivessem ajuizado ações de reparação ou arbitragens até 8 de outubro de 2017, Moro afirma que “deixou a 13ª Vara em outubro de 2018, antes da constituição da fundação cogitada para receber valores do acordo entre a Petrobras e autoridades norte-americanas e jamais participou da discussão ou consulta a respeito dela”, alega.

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De acordo com o documento, a atuação da substituta de Moro, a juíza federal Gabriela Hardt, também não cumpriu os deveres da “transparência, de prudência, imparcialidade e de diligência do cargo ao homologar acordo” em 2019. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu nesta segunda-feira (15) afastar da magistratura a juíza federal Gabriela Hardt.

Além dela, o ministro afastou os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e Loraci Flores de Lima e o juiz federal Danilo Pereira Júnior. Nesta terça-feira (16), o plenário do CNJ julga os processos envolvendo os quatro e pode ratificar as decisões de Salomão.


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