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Operação conjunta em três estados prende influenciadoras suspeitas de tráfico internacional de drogas

`Policias civis dos três estados cumpriram 12 mandados de busca e apreensão e nove de prisão

Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Pedro Canguçu, da Record, em Brasília

Grupo vendia 'óleo de maconha'

Uma operação Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu nesta quarta-feira (24) nove mandados de prisão contra suspeitos de integrar um esquema de tráfico internacional de drogas. O grupo contratava influenciadoras digitais para divulgar os produtos. Ao menos três delas moram no DF, local bastante visado pela suposta organização, e foram presas. A ação contou com o apoio das polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os agentes também cumprem 12 mandados de busca e apreensão.

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Segundo as investigações, o grupo desenvolveu “complexo sistema de lavagem de dinheiro proveniente do mercado ilícito das drogas”, que contava com empresas fantasmas, documentos falsos e tecnologia para burlar a segurança de aplicativos bancários. “ [Os suspeitos] adquiriam de fornecedores dos Estados Unidos óleo de canábis (maconha), que entravam no Brasil pelo Paraguai. A droga, em grande quantidade, era remetida ao Brasil envasada em potes de cera de depilação”, explicou a polícia.

O entorpecente era enviado de Foz do Iguaçu (PR) para a capital paulista, onde o bando manipulava as substâncias para abastecer refis de cigarros eletrônicos e outros suportes. “ Misturavam solventes ao óleo de canábis e aromatizantes, informando pelos websites e redes sociais do grupo que estavam vendendo diferentes genéticas de maconha, sendo que, na verdade, misturavam solventes diversos e aromatizantes nas drogas.”

A ação da organização acontecia principalmente nas redes sociais. Os envolvidos usavam números internacionais de telefone para o contato com os clientes por ligação e mensagens. “Profissionais de TI do Rio de Janeiro eram responsáveis pela construção das plataformas de comércio eletrônico do grupo, colaborando com a lavagem de dinheiro a partir da automatização dos pagamentos e utilização de documentos e dados falsos no contato com a rede bancária”, dizem os investigadores.

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Para os responsáveis pela operação, o grupo se aproveitava do descontrole das redes sociais para obter “lucros milionários […] tendo rede de contatos em diversos países e websites e redes sociais reservas, para o caso de queda de algum recurso em virtude da ação policial”.

Influenciadores de diversas partes do país eram empregadas para expandir as vendas. A apuração da polícia mostrou que parte dos insumos para a construção de produtos para o consumo da droga vinha da China e do Rio de janeiro, de forma personalizada, com a logomarca do esquema criminoso. Os chefes da organização moravam em São Paulo e não tinham contato com as substâncias enviadas, já que elas eram distribuídas pelos Correios.

A operação contou com técnicas especiais de investigação e conseguiu identificar nove integrantes do grupo criminoso e bloqueou contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas. Caso condenados, os suspeitos podem pegar até 46 anos de prisão.

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