A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encaminhou ao Ministério Público do DF e Territórios o termo circunstanciado de ocorrência que trata do caso de maus-tratos sofridos por um servidor aposentado do Banco Central por parte da própria esposa. A partir de agora, a promotoria analisa o relato policial e decide se oferece à Justiça uma denúncia contra Maruzia das Graças Brum Rodrigues.
O processo tramita em segredo de justiça. Se o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acolher uma possível denúncia, Maruzia se torna ré, dando início à ação penal. Ela é representada na ação pela Defensoria Pública do DF.
O caso
Três enteados do servidor aposentado denunciaram a própria mãe por maus-tratos contra o padrasto, de 49 anos. O casal, junto há 21 anos, vive em um apartamento em Águas Claras, e o trio aproveitou o momento em que Mariuza não estava no local para visitar o homem.
Eles afirmam que o padrasto estava ferido no braço, e que teria sido esfaqueado pela esposa. Além das alegações de maus-tratos, os enteados sustentam que a mãe deles afastou o marido da família dele, que vive no Rio de Janeiro, e também teria passado a dopá-lo para administrar o patrimônio.
Na 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília), uma ex-cuidadora da vítima contou ter presenciado agressões da mulher contra o companheiro. Em uma outra ação, os enteados pediram à Justiça para retirar o padrasto da casa da mãe, mas o juiz Gilmar Rodrigues pediu mais provas para respaldar a interdição. No entanto, o magistrado ordenou que o passaporte dele fosse recolhido pela Polícia Federal para evitar que ele saia do país.