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Pela quarta vez no ano, Lula recebe presidente da Argentina em Brasília

Reunião com Alberto Fernández acontece dias após Lula cobrar do FMI refinanciamento para evitar inadimplência do país vizinho

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília


Lula e Alberto Fernández durante encontro em 2023
Lula e Alberto Fernández durante encontro em 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (26) o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Esta é a quarta vez apenas em 2023 que Lula tem um encontro com o argentino em Brasília. Na reunião, os dois presidentes devem discutir a situação econômica da Argentina, que enfrenta uma inflação acumulada em 12 meses acima de 114%, a quarta mais alta do mundo. Além disso, a moeda local, o peso, está em constante desvalorização, o que implica a perda de poder de compra por parte da população local.

Em meio ao cenário de crise, Fernández vem exigindo do Fundo Monetário Internacional (FMI) uma mudança nas metas acordadas em março de 2022 para refinanciar uma dívida contraída pelo governo argentino em 2018 de 45 bilhões de dólares (R$ 215 bilhões, na cotação atual).

Na semana passada, Lula e os presidentes de México, Colômbia, Chile, Bolívia e Paraguai solicitaram ao presidente dos EUA, Joe Biden, que apoie a Argentina no pedido ao FMI.

"Nós, líderes da região, acreditamos que é possível encontrar uma solução consensual que permita à Argentina transformar a situação em que se encontra. Não é viável nem desejável que as exigências que não consideram devidamente a mudança nas circunstâncias mergulhem a Argentina em uma crise desnecessária, que interrompa a recuperação em curso", defenderam os presidentes em uma carta enviada pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina à Casa Branca.

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Lula reforçou o apelo durante sua participação na Cúpula do Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, na França. Ele reclamou que, "muitas vezes, os bancos emprestam dinheiro, e o dinheiro emprestado é o resultado da falência do Estado" e que "o FMI deixa muito a desejar naquilo que as pessoas esperam do FMI".

"Da forma mais irresponsável do mundo, o FMI emprestou 44 bilhões de dólares para um senhor que era presidente. Não se sabe o que ele fez com o dinheiro, e a Argentina hoje está passando por uma situação econômica muito difícil, porque não tem dólares nem para pagar."

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