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PF afirma que Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para conta nos EUA antes de viajar

Quebra de sigilo bancário revelou que ex-presidente ficou com saldo negativo em mais de R$ 100 mil após transferência

Brasília|Clébio Cavagnolle, da RECORD

Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA antes de viajar
Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA antes de viajar Bolsonaro transferiu R$ 800 mil para os EUA antes de viajar (Adriano Machado/Reuters - 04.07.2018)

A Polícia Federal afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu R$ 800 mil para um banco norte-americano em 27 de dezembro de 2023, três dias antes de embarcar para os Estados Unidos. Os recursos seriam para garantir seus gastos fora do país, segundo os investigadores. A quebra de sigilo bancário revelou que Bolsonaro ficou com saldo negativo de mais de R$ 100 mil na conta após a retirada dos valores. O débito foi coberto posteriormente com recursos de um fundo de investimento. A corporação investiga a origem do dinheiro. 

Bolsonaro afirmou que a versão da Polícia Federal sobre a transferência não se sustenta. Ele transferiu a quantia, mas os recursos depois foram devolvidos para o Brasil. Segundo o ex-presidente, se fosse dar um golpe, a primeira coisa que os EUA fariam seria bloquear os recursos. Para Bolsonaro a versão não encontra embasamento nos fatos.

A PF realizou em 8 de fevereiro uma operação em dez estados para apurar a participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter vantagem política com a manutenção de Bolsonaro no poder.

Entre os alvos estão também o presidente do PL, Valdemar Costa Neto – que foi preso quando os agentes da PF encontraram uma arma de fogo sem registro e uma pepita de ouro em seu endereço – e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Dois dias depois, o ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória a Costa Neto

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Os agentes aplicaram outras medidas restritivas a Bolsonaro. Também foi determinada a apreensão do passaporte do ex-presidente. Como o documento não estava na residência, os policiais deram 24 horas para que ele o entregasse, o que ocorreu dentro do prazo. A defesa de Bolsonaro pediu a devolução do passaporte apreendido.

De acordo com a PF, o grupo investigado se organizou em equipes para espalhar informações sobre fraudes nas eleições de 2022, antes mesmo de elas acontecerem. O objetivo era justificar uma intervenção militar usando táticas de milícia digital. Ao todo, a Operação Tempus Veritatis cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal.

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