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Projeto-piloto de implantação de internet 5G em escolas públicas chega a 168 das 177 escolhidas

Iniciativa prevista no leilão da banda de quinta geração inclui instituições de dez municípios, nas cinco regiões do país

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

168 escolas possuem rede externa de internet
168 escolas possuem rede externa de internet 168 escolas possuem rede externa de internet

O projeto de levar internet para escolas públicas, assumido no leilão da rede de internet móvel de quinta geração, o 5G, já chegou a 168 das 177 instituições escolhidas. A marca representa 94,9% das escolas contempladas. A nova tecnologia começou a ser implantada no Brasil em 2021 e está presente em mais de 150 cidades, atendendo cerca de 10 milhões de usuários. 

No leilão da tecnologia 5G, estava previsto um investimento de R$ 47,2 bilhões pelas empresas vencedoras. Desse total, R$ 3,1 bilhões, o equivalente a 6,5%, seriam empregados para levar a conexão às escolas públicas. As companhias devem entregar ainda 276 carrinhos de recarga, 287 projetores e telas, 463 notebooks e 4.552 cloudbooks. O custo desses equipamentos foi estimado em R$ 18 milhões. 

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O projeto nas escolas está sendo implantado em dez municípios, distribuídos entre as cinco regiões do país. Durante o pré-projeto, foram visitadas 181 instituições de ensino, mas quatro foram desativadas. Com isso, a iniciativa passou a contemplar 177 escolas públicas, nas cidades de Baía da Traição (PB), Berilo (MG), Cavalcante (GO), Coronel Domingos Soares (PR), Entre Rios (SC), Espigão D'Oeste (RO), Gaúcha do Norte (MT), Pau D'Arco (PA), Santa Luzia do Itanhy (SE) e Silva Jardim (RJ).

Nesta fase-piloto, há duas etapas de conectividade nas escolas, que é a implementação nas redes externa e interna das instituições. Na primeira, 168 foram ativadas, 7 ainda estão sendo implementadas e 2 foram desativadas ou estão em reforma. Na segunda, 169 foram ativadas, 3 ainda estão sendo implementadas e 4 foram desativadas ou estão em reforma.

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A medida foi aprovada em julho de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), pelo Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape). Os municípios foram escolhidos de acordo com critérios técnicos elaborados pela equipe, considerando variáveis como IDH, número de alunos beneficiados, porte e conexão nas cidades e existência de instituições educacionais em terras indígenas e assentamentos rurais.

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A acessibilidade à internet, mesmo que básica, ainda é um problema enfrentado por milhares de brasileiros. Segundo painel da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil tem ao todo 138.355 escolas, 8.367 delas sem internet, o que representa 439.703 mil alunos. Os dados apontam para a existência de 3.031 escolas sem energia elétrica e outras 96.192 sem laboratórios de informática.

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Vistorias

De acordo com painel da Agência Nacional de Telecomunicações, a conclusão do projeto-piloto está prevista para o início do segundo semestre de 2023. Agora, o órgão vistoria escolas de municípios das regiões Norte e Nordeste, que registram o maior número de alunos sem internet.

O Gape é formado pela Anatel, pelos Ministérios das Comunicações e da Educação e pelas empresas vencedoras da faixa de 26 GHz (Algar, Claro, Tim e Vivo). A nova vistoria tem o objetivo de mapear a realidade de cada instituição quanto à conectividade à internet e, assim, melhorar o cenário.

Os técnicos visitaram 2.323 escolas, que contemplam 795.448 alunos. Das instituições educacionais, 24% não têm energia elétrica, 23% não dispõem de internet, 71% possuem internet com velocidade insuficiente, 6% têm internet com velocidade suficiente e 0,6% apresentam cobertura de wifi adequada.

5G

O 5G completou um ano de operação no país no início deste mês, com mais de 10 milhões de acessos e 150 cidades atendidas. O número foi atingido em 11 meses após o lançamento da nova tecnologia, enquanto o 4G demorou 26 meses para alcançar a mesma marca, segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas de telecomunicações.

Uma das obrigações previstas no edital do leilão era a instalação do 5G em todas as capitais até setembro de 2022, o que foi alcançado em outubro do ano passado. A próxima responsabilidade assumida no leilão determina a instalação da rede em todas as cidades com mais de 500 mil habitantes até julho de 2025. Depois, a instalação em cidades com mais de 200 mil habitantes até julho de 2026.

Segundo levantamento feito na época pelo Ministério da Economia, o uso do 5G pode movimentar R$ 590 bilhões por ano. O Fórum Econômico Mundial estima, ainda, que a tecnologia de quinta geração possa fomentar a geração de 22,8 milhões de empregos no mundo até 2035.

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