O senador amazonense, Eduardo Braga (MDB/AM), ex-ministro de Dilma Rousseff, é neste momento o candidato mais forte a relatar a reforma tributária no senado. O assunto deve ser tema de encontro entre o presidente Lula e o presidente do senado, Rodrigo Pachedo (PSD/MG), previsto para esta semana. O blog apurou junto a fontes no governo que Braga tem o sinal verde da articulação política e do presidente.
Às vésperas do recesso parlamentar, a expectativa é que a indicação ocorra já, para permitir a pré análise do texto recém aprovado pela Câmara. Concorrem com Braga outros aliados de peso do Planalto, como Otto Alencar (PSD/BA) e Davi Alcolumbre (União/AP).
O diferencial de Braga está no fácil trânsito do senador junto a várias correntes políticas no Senado, em contraste às arestas políticas dos demais cotados para o posto – considerado estratégico para o governo, que pretende manter o trunfo político histórico obtido com a aprovação do texto na Câmara, após três décadas de impasse.
Defensor ferrenho de temas ligados ao seu estado, como a Zona Franca de Manaus, área contemplada na reforma já na Câmara, o ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma tende a acatar mudanças pontuais no texto, algumas previstas pelo próprio governo, como a recuperação de aspectos do artigo 19, derrubado pelos deputados com a diferença de apenas um voto, e que frustrou, por exemplo, os planos de vantagem fiscal para fabricantes de automóveis no nordeste.
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