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Quem conviveu com Campos Neto 1 ano e 4 meses pode viver mais 6 meses, diz Lula

Presidente da República informou também nesta terça-feira (23) que não vai antecipar o nome do substituto para o cargo

Brasília|Ana Isabel Mansur e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília, e Renata Varandas, da RECORD

O presidente Lula durante café da manhã (Ricardo Stuckert/PR - 23.04.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “quem já conviveu por um ano e quatro meses” com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, “não tem problema viver mais seis meses”. O chefe do Executivo anunciou também que não vai antecipar o nome do substituto para o cargo, uma vez que o dirigente deve deixar o posto no final deste ano.

As declarações foram dadas por Lula nesta terça-feira (23), durante café da manhã com jornalistas, em Brasília. “Eu tenho que indicar mais diretores e tenho que indicar o presidente do Banco Central até o final do ano. Só tenho que decidir se vou antecipar ou se deixo para indicar o mais próximo do vencimento do mandato do presidente Roberto Campos. Então, quem já conviveu com Roberto Campos um ano e quatro meses, não tem problema viver mais seis meses”, disse.

“Mesmo dizendo isso, eu tenho toda a paciência do mundo, porque eu tenho que esperar até dezembro para mudar o Banco Central... O que eu espero é que o Roberto Campos leve em conta que o Brasil não corre nenhum risco”, acrescentou.

Entre outras atribuições, a lei que determinou a autonomia do Banco Central fixou o mandato do presidente do órgão por quatro anos, em ciclo não coincidente com o presidente da República. Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro e fica no cargo até dezembro deste ano. A instituição define a taxa básica de juros da economia, atualmente em 10,75%.

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A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação em uma economia. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias. Esse é o maior patamar para a inflação desde fevereiro do ano passado, quando registrou 0,84%.

Durante o café da manhã com jornalistas, Lula foi questionado sobre a situação da taxa de juros. “O mercado está ganhando muito dinheiro com essa taxa de juros. Isso precisa ficar claro para a sociedade. E o presidente do Banco Central tem que saber que quem perde dinheiro com essa taxa de juros alta é o povo brasileiro, são os empresários brasileiros que não conseguem dinheiro para investir. É isso que está em jogo”, disse.

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“Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita”, em referência ao programa lançado na última segunda-feira (22). “Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode.”


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