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Sem acordo, senadores adiam votação da medida provisória que muda regras dos incentivos fiscais

O Congresso Nacional precisa votar a MP até o dia 7 de fevereiro de 2024, para que ela não perca a validade

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Senadores da oposição questionam trecho do texto
Senadores da oposição questionam trecho do texto Senadores da oposição questionam trecho do texto

Por falta de acordo, o Senado adiou na noite desta terça-feira (19) a votação da medida provisória (MP) que muda as regras de incentivos fiscais concedidos por governos estaduais. A expectativa agora é que a proposta seja votada na sessão desta quarta (20). Na prática, a MP acaba com a renúncia fiscal federal gerada por incentivos dados pelos estados por meio da subvenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A matéria está entre as prioridades do governo para perseguir a meta de déficit zero em 2024. O Ministério da Fazenda estima que as novas regras tenham o potencial de arrecadar cerca de R$ 35 bilhões no próximo ano. O Congresso Nacional precisa votar a MP até o dia 7 de fevereiro de 2024, para que ela não perca a validade.

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Geralmente, os estados oferecem esses incentivos para atrair investimentos de empresas, e eles acabam não entrando na base de cálculo dos impostos federais. Pela proposta, a partir de 2024 esse tipo de incentivo seria substituído por créditos fiscais, e as empresas entrariam na base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Durante a discussão no plenário, senadores ligados à oposição questionaram um trecho do texto que permite a cobrança retroativa dos impostos devidos pelas empresas, referente aos cinco anos anteriores. 

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“Estamos depondo contra nós mesmos, nós estamos aumentando a tributação, quebrando um pacto e definindo de forma clara que as empresas que investirem em determinado estado da federação foram enganadas pelo governo federal”, afirmou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).

Para o senador Marcos Rogério (PL-TO), a medida vai na contramão da segurança jurídica. "Teremos a aplicação de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS e Cofins sobre benefícios regionais. Na prática, isso resultaria na redução de 34% nos incentivos oferecidos, tornando a atividade industrial mais cara e desencorajando a permanência em estados com a infraestrutura precária."

Diante dos questionamentos, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pediu o adiamento da sessão, para buscar "esclarecimentos" com o Ministério da Fazenda. "Todo esse esforço que estou fazendo é no afã de conseguir mais votos, especialmente dos colegas da oposição", declarou.

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