Uma mulher, de 52 anos de idade, foi mantida em cárcere privado pelo marido no Jardim Ima, em Campo Grande (MS). A vítima contou que os dois estão juntos há seis meses e que no início da relação era tudo normal, mas com o passar dos dias, ele foi se alterando e ficando muito desconfiado, pois, o mesmo foi casado por 35 anos e foi traído.
Conforme o Boletim de Ocorrência, o autor, de 54 anos, tirou as chaves da residência da mulher. Desta forma, ela passou apenas sair com ele ou com a sua autorização. Além disso, o aparelho celular da mulher era monitorado e os números do telemarketing eram salvos por ele como nome de homem e, quando o aparelho tocava, ele dizia "são os machos dela ligando".
Em um outro episódio, o casal foi até a casa de um dos filhos da vítima para lavar algumas roupas e o autor passou a olhar objetos que estavam no guarda-roupa. No local, tinham pertences da vítima que na época morava no imóvel. O homem acabou então achando preservativos.
Ao voltar para residência do casal, o autor fez uso de drogas e chamou a vítima para conversar. Aumentou o volume de televisão e começou a falar que os preservativos eram dela dizendo que ela ia na casa do filho para trair ele. Neste momento, ele pegou duas facas e as colocou no pescoço da mulher e disse: "você não vai confessar, quem você está protegendo. Quem você vai levar para o túmulo com você?".
Já no último domingo (1°), o homem estava sob efeito de drogas e não deixou a vítima ir ao banheiro. Ela acabou urinando e defecando na roupa por não aguentar segurar por muito tempo. E, em todo momento, o autor ficou segurando as duas facas nas mãos. Na segunda-feira (02) a mulher conseguiu sair do imóvel, mas disse que ia para uma consulta com a psicóloga.
A mulher denunciou o homem na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). A vítima fez o pedido de medida protetiva de urgência, mas não relatou que não deseja representar contra o autor. Durante o relato, a mulher disse que é possível que o homem tenha uma arma de fogo dentro de casa.
O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado e será investigado pela DEAM.
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