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Mulheres em violência têm atendimento empático na Deam, diz delegada

As mulheres estão denunciando mais casos de violência. É o que relatou a delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Luiza Noriler em entrevista ao Noticidade Primeira Edição, da Rádio FM Cidade 97. A entrevistada aproveitou a oportunidade para chamar mulheres em casos de violência doméstica a compareceram à Deam, que presta […] O post Mulheres em violência têm atendimento empático na Deam, diz delegada apareceu primeiro em Diário Digital.

Diário Digital|Do R7

As mulheres estão denunciando mais casos de violência. É o que relatou a delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Luiza Noriler em entrevista ao Noticidade Primeira Edição, da Rádio FM Cidade 97. A entrevistada aproveitou a oportunidade para chamar mulheres em casos de violência doméstica a compareceram à Deam, que presta atendimento empático para encerramento do ciclo da violência.

A delegada afirmou que atender mulheres em situação de violência é um ato delicado. "Para nós, ainda que há todo o trabalho, ainda é muito difícil atender uma mulher vítima de violência, porque além de nos vermos naquela mulher, vemos como a sociedade trata a mulher como um objeto, algo que é de poder do homem", desabafou.

"Para nós nos chocam todos os dias os casos, desde os mais simples aos mais graves, toda vez que nós fazemos o atendimento na Deam sempre é visto com olhar de empatia para essa mulher que precisa de ajuda", esclareceu.

Mesmo com o aumento, a entrevistada alertou para a existência da subnotificação, quando os casos não chegam ao conhecimento do poder público. "Assim [com a subnotificação] os agressores acabam ficando impunes", contou. Durante o programa, a delegada reforçou a eficácia da medida protetiva. "Aqui em Campo Grande nós temos a Patrulha Maria da Penha, que é exercida através da Guarda Civil, que faz uma fiscalização 24h por dia, todos os dias da semana, em relação ao cumprimento da medida de proteção", explicou.

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Por meio da medida, a vítima fica assegurada de proteção contra o agressor durante o procedimento judicial de violência doméstica ou enquanto perdurar a situação de risco. Essa ordem é estabelecida pela Lei Maria da Penha, que protege mulheres nessas situações.

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"Se essa mulher pediu uma medida protetiva e o agressor se aproximou dela, de imediato uma patrulha vai até o local e traz esse agressor para uma delegacia especializada, onde ele será preso em flagrante delito, até porque nós temos o crime de descumprimento de medida protetiva", contou a delegada.

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Perfil do agressor - Outro ponto discutido durante a entrevista foi o perfil do agressor. Conforme a delegada, os autores não possuem perfis de características. "Por exemplo, ele é um homem muito agradável com os demais ou perfil de ser um homem sempre agressivo, emburrado. Qualquer homem pode praticar ato de violência doméstica, independente de cor, raça ou classe social", reforçou.

Ela explicou, ainda, que a maioria dos casos de violência doméstica é iniciada com a violência psicológica, com ameaças, intimidações, ofensas, ciúmes excessivo, controle de roupas, atos e falas, entre outros, para, depois, partir para a física. "A violência psicológica é tão grava quanto a física, porque muitas vezes o agressor não chega à agressão física, mas a psicológica perdura por anos e isso traz consequências negativas para essa vítima se inserir novamente na sociedade e ter um novo relacionamento caso ela deseje romper esse ciclo de violência".

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Longa caminhada - A entrevistada explicou que a questão cultural ainda é um fator de peso nos casos de violência. "Ainda tem essa cultura de que o homem é o provedor da casa, de que os homens é quem fazem os caminhos", esclareceu.

A delegada afirmou que a luta contra violência doméstica segue em avanço ao longo dos anos, porém, ainda é um caminho longo a ser seguido.

Denúncias - Ana Luiza Noriler acredita que a família pode ser uma porta de entrada quando o assunto é denúncia, especialmente porque, em muitos casos, o ciclo familiar presencia as agressões diárias sofridas pela vítima.

Caso estiver sofrendo ou presenciando um caso de violência, denuncie. Canais recebem as denúncias de várias maneira: on-line, por meio do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, por telefone, nos números 190 e 180, ou presencialmente em qualquer delegacia de polícia ou de atendimento especializado, como é o caso da Deam.

As denúncias podem ser mantidas no anonimato. Na Capital, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher fica na Rua Brasília, 85, Jardim Imá.

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