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'Era uma aula de matar e os 17 PMs fizeram a lição', diz mãe de Davi

Polícia e Ministério Público da Bahia indiciaram 17 policiais militares por envolvimento no desaparecimento do adolescente Davi Fiuza de 16 anos

Cidades|Plínio Aguiar, do R7

Davi Fiuza desapareceu em outubro de 2014 durante operação policial na Bahia
Davi Fiuza desapareceu em outubro de 2014 durante operação policial na Bahia Davi Fiuza desapareceu em outubro de 2014 durante operação policial na Bahia

A Polícia da Bahia e o MP-BA (Ministério Público Estadual da Bahia) indiciaram 17 policiais militares por envolvimento no desaparecimento do adolescente Davi Fiuza, de 16 anos, em 2014.

Na ocasião, os PMs estavam em uma operação com alunos da academia no Parque São Cristóvão, bairro em Salvador — local onde o adolescente foi visto pela última vez. O corpo do jovem nunca foi encontrado.

O inquérito com 12 volumes sobre o caso foi encerrado em junho deste ano e encaminhado ao Ministério Público. Dois tenentes, dois sargentos e 13 soldados-alunos foram acusados de participar do crime. "Era uma aula de como se matar e eles fizeram a lição de casa. Se não fosse o meu filho, seria qualquer outro", afirma Rute Fiuza, mãe de Davi.

Em entrevista ao R7, Rute comentou que "não imaginou que pessoas que são pagas para proteger as outras possam fazer isso com inocente". Segundo ela, é chocante. A mulher informou, ainda, que seu advogado não teve acesso aos nomes dos envolvidos e que também não sabe quem são.

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Desde então, Rute luta por justiça. “O desaparecimento do meu filho não pode entrar para estatística. Não pode ficar impune”, diz, aos prantos. “Eu não vou me afastar da luta por Davi". O maior desejo da mãe de Davi é, pelo menos, obter os restos mortais do adolescente para que ela "possa dar um enterro digno ao Davi".

Caso

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Davi desapareceu no dia 24 de outubro de 2014. Segundo investigações, Davi foi capturado por policiais militares que realizavam uma operação no Parque São Cristóvão, por volta de 7h30. Na ocasião, testemunhas informaram que durante a ação policial, o adolescente conversava com uma mulher em via pública. Em seguida, ele teria sido abordado e encapuzado pelos agentes de segurança. Davi teve os pés amarrados e, então, foi colocado no porta-malas de um carro. Desde então, nunca mais foi visto. O corpo do adolescente também não foi encontrado.

Os policiais envolvidos realizavam uma operação para obter o diploma de soldado junto com integrantes da Rondesp (Rondas Especiais) e o 49° CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), responsável pela área. Um dos mistérios do caso é que os rádios e o GPS das viaturas usadas no dia do desaparecimento de Davi estavam desligados.

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