A família de José Dougo Kenski, encontrado morto em 2007 em Farroupilha (RS), num caso então tratado como suicídio, pede a reabertura do caso à polícia. À época, Alexandra Dougo Kenski, sua esposa, disse que havia brigado com o marido, foi dormir com o filho e ouviu um barulho na sequência. Ao ir até o outro quarto, ainda segundo seus relatos, encontrou o corpo de José e chamou a polícia. A conclusão das investigações foi de que o homem se suicidou.
Entretanto, após Alexandra matar o próprio filho e confessar o crime em maio deste ano, os parentes identificaram semelhanças entre as duas mortes – do menino Rafael e do primeiro marido de Alexandra, há 13 anos.
Após o crime contra Rafael, há cerca de cinco meses, a família contratou então uma perícia particular, e os laudos apontaram que a cena da morte de José apresentava inconsistências com o suicídio, abrindo a possibilidade para suspeitas de um assassinato.
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Segundo Maura Leitzke, advogada da família de José, a morte do homem e do garoto Rafael, fruto de um segundo relacionamento, teriam uma semelhança de 95%, o que motivou o pedido pela reabertura do caso, arquivado já em 2007.
“O IGP fez um laudo no corpo e constatou 7 decigramas de álcool no sangue. Isso é uma embriaguez completa profunda. Uma pessoa que não tem reflexos nem equilíbrio teria subido na cama, arrancado uma tábua no forro, em cima da cama, e tirado a própria vida”, comentou Leitzke.
O promotor do caso confirmou o recebimento do pedido de reabertura, e afirmou que a análise ocorrerá apenas após o período eleitoral. A defesa de Alexandra disse, em nota, que o pedido de reabertura causou espanto. Jean Severo, o advogado, alegou que ainda não teve acesso à nova perícia, mas está certo de que será possível mostrar que houve suicídio.
Pelo assassinato de Rafael, Alexandra foi indiciada por homicídio triplamente qualificado, e cumpre prisão preventiva na penitenciária de Gauíba (RS), na região metropolitana de Porto Alegre. As informações são da Record TV.