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Desapego vira negócio e brechós crescem mais de 30% no ES

Das 360 lojas registradas no Estado, cerca de 36% foram abertas nos últimos três anos, período de pandemia

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7


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Roupas, acessórios, brinquedos, livros e bijuterias. Todos estes itens podem ser encontrados em brechós espalhados por todo o Espírito Santo. Peças de valor sentimental e histórico com valores muito abaixo do mercado, chegando até a 90% de desconto para quem souber garimpar bem. 

Esta modalidade de negócio teve um crescimento exponencial no Estado pós-pandemia. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os brechós cresceram 36% em todo o Espírito Santo, totalizando 360 unidades.

Nestes lugares é possível comprar os produtos usados a um preço muito menor em comparação aos novos, o que é um atrativo muito grande para quem quer economizar, mas não abre mão da qualidade. 

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Os brechós surgiram ainda no século 19, nos Estados Unidos e Europa, nascidos de eventos de quermesses que procuravam beneficiar pessoas de baixo poder aquisitivo. 

"Isso se proliferou pelo mundo afora, no Brasil é uma cultura que circulou inicialmente também em bazares filantrópicos. E hoje em dia, depois da pandemia, o brechó foi uma alternativa que deu muito certo, que fez surgirem diversos pontos comerciais e a gente vê que hoje é uma forma de muitas pessoas com baixo poder aquisitivo comprar peças que talvez antes não fosse possível", relata o professor e especialista em moda Josué Vasconcelos.

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Ainda segundo Vasconcelos, as peças ofertadas nestes comércios são geralmente itens de alta qualidade de tecido, costura, criação e design. Os brechós se tornaram lojas, inclusive incentivadas por sua sustentabilidade em relação à valorização histórica das peças. 

Não acredita? Em brechós no Espírito Santo, um cliente pode comprar uma bolsa usada que, na loja, custa em torno de R$ 10 mil. No brechó? Sai por cerca de R$ 900. Boa qualidade e preço reduzido em uma mesma peça. 

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Desapego como negócio

Quem embarcou na onda do comércio de usados foi Daniele Gonçalves, que iniciou um brechó virtual. Tudo foi tocado por ela mesma, desde a criação do site, até as fotos com roupas à venda. 

O sucesso foi tão grande, que apenas o site não era capaz de atender toda a demanda, por isso, ela precisou alugar um espaço físico em Vitória para receber os clientes. 

Assim como afirmou Vasconcelos, Thiago Kroebel, dono de um brechó em Vila Velha, conta que a pandemia foi um grande incentivador para iniciar no mercado. No comércio, é possível achar de tudo, desde roupas, até livros que custam a partir de R$ 5.

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“A gente percebeu que depois da pandemia, as coisas estão muito caras e vimos que as pessoas voltaram a procurar itens usados", contou o empreendedor.

De acordo com ele, o desprendimento material é a máxima deste tipo de negócio. Do lucro das peças vendidas, 50% fica com ele a outra metade vai direto para o fornecedor. "Trabalhamos com a questão do desapego", completou. 

*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV

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