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Polícia prende 132 suspeitos em megaoperação contra a pedofilia

Um milhão de arquivos foram investigados para chegar aos alvos. Segunda edição do 'Luz na Infância' levou dois meses

Cidades|Fabíola Perez, do R7

Um milhão de arquivos foram investigados para chegar aos alvos
Um milhão de arquivos foram investigados para chegar aos alvos Um milhão de arquivos foram investigados para chegar aos alvos

Policiais civis de 24 estados e do Distrito Federal prenderam em flagrante, nesta quinta-feira (17), 132 suspeitos de integrar a megaoperação contra pornografia infantil na internet. Até o início da tarde, estão sendo cumpridos 579 mandados de busca de apreensão contra pessoas investigadas de disseminar conteúdo pornográficos infantis em meios digitais. 

A ação integra a segunda fase da operação denominada Luz da Infância, coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. De acordo com o direitor de Inteligência da Senasp, Carlos Afonso Coelho, o órgão trabalhou na identificação de alvos nos ambientes cibernéticos e transmitiu as informações para as polícias civis. "Foram investigados um milhão de arquivos para chegar aos alvos e desencadear as operações."

Segundo o diretor de inteligência, a primeira etapa da operação Luz na Infância levou até seis meses para ser deflagradas e teve 112 presos. Já a segunda edição ocorreu em dois meses até a identificação dos alvos.

O coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética, Alessandro Barreto afirmou, em coletiva de imprensa, que inicialmente foram expedidos mandados de busca e apreensão, mas as equipes poderiam prender em flagrante pessoas que estivessem operando conteúdo de pornografia infantil.

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“A prisão é feita pelo envio, troca ou produção de conteúdo. Essa são as razões pelas quais a busca se transformar em prisão”, diz Barreto. A pena prevista pelo crime de armazenamento de material pornográfico infantil, por exemplo, varia entre um e quatro anos. Um dos critérios para a prisão em flagrante é o volume de material.

Segundo a Senasp, em alguns estados foram encontrados entre 50 mil e 80 mil arquivos baixados. Em um dos estados do Sudeste, segundo Barreto, foram localizados 200 mil arquivos com conteúdo pornográfico infantil.

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“Todos os dias são produzidos novos e novos conteúdos na internet e na internet dip. O problema é o uso contínuo de tecnologias para disseminar esse tipo de conteúdo. É uma luta que teremos que manter e amplificar cada vez mais”, afirmou Raul Jungmann, ministro extraordinário da Segurança Pública.

Segundo informações da pasta, alguns dos suspeitos presos em flagrante são reincidentes de outras operações anteriormente investigadas. A megaoperação teve início com o levantamento de informações e envio para as polícias civis de diversos estados.

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“Com a verificação da consistência dessas informações foram expedidos mandados de busca e apreensão para constatar se o material ilícito tinha vínculo com determinadas pessoas”, afirmou Barreto. São 2.625 policiais trabalhando na operação em 24 estados e no Distrito Federal.

Segurança

O ministro aproveitou também para falar sobre o Sistema Único de Segurança Pública, aprovado pelo Senado na quarta-feira (16), com o objetivo de integrar os órgãos de segurança pública, como as polícias federal e estaduais, as secretarias de segurança e as guardas municipais, para atuarem de forma conjunta. “Isso representa um avanço na integração entre as polícias, entre ação e inteligência”, afirmou.

Ele explicou que se trata de um sistema para produzir estatísticas na área de segurança em caráter nacional. “Existiram planos anteriores, mas não como um documento legal, com metas e padrões, passaremos a ter protocolos nacionais para uso de força”, disse o ministro. “Nossa meta é assegurar que todos os brasileiros e brasileiros tenham direito a segurança.”

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